(Consulte também Considerações gerais sobre medicamentos Considerações gerais sobre medicamentos Um medicamento é definido pela lei dos Estados Unidos como qualquer substância (que não um alimento ou dispositivo) para uso no diagnóstico, cura, alívio, tratamento ou prevenção de doenças... leia mais .)
Um placebo é elaborado para ter a aparência exata de um medicamento real, porém é composto por substâncias químicas inativas, como amido e açúcar. Atualmente, os placebos são utilizados apenas em estudos de pesquisa (consulte A ciência da medicina A ciência da medicina Os médicos tratam pessoas há milhares de anos. A primeira descrição escrita de um tratamento médico é do Egito antigo e tem mais de 3.500 anos. Mesmo antes disso, os curandeiros e xamãs provavelmente... leia mais ).
Apesar de o placebo não conter ingredientes ativos, algumas pessoas que o utilizam sentem-se melhor. Outras desenvolvem “efeitos colaterais”. Esse fenômeno, chamado efeito placebo, parece ocorrer por dois motivos. O primeiro deles seria uma mudança ocasional. Muitos sintomas e problemas de saúde vêm e vão, mesmo sem tratamento, de modo que uma pessoa utilizando placebo pode, simplesmente por coincidência, sentir-se melhor ou pior. Quando ocorre essa mudança, o placebo pode, indevidamente, levar o crédito ou culpa pelo resultado. A segunda razão é a antecipação (também conhecida como sugestão). Prever que um medicamento funcionará muitas vezes faz com que as pessoas realmente sintam-se melhor.
O efeito placebo ocorre mais sobre os sintomas do que sobre a doença existente. Por exemplo, um placebo nunca fará com que um osso quebrado se cure mais rapidamente, mas pode fazer a dor parecer menos intensa. Algumas pessoas parecem ser mais suscetíveis ao efeito placebo do que outras. Pessoas que têm uma opinião positiva com respeito a medicamentos, médicos, enfermeiros e hospitais são mais propensas a responder de forma favorável a placebos do que as que têm uma opinião negativa.
No processo de desenvolvimento de um novo medicamento, os investigadores realizam estudos para comparar o efeito do medicamento com o do placebo, pois qualquer medicamento pode ter um efeito placebo não relacionado com sua ação. O verdadeiro efeito do medicamento deve ser distinguido do efeito placebo. Geralmente, metade dos participantes do estudo recebem o medicamento e os demais recebem um placebo de aspecto idêntico. Idealmente, nem os participantes nem os investigadores devem saber quem recebeu o medicamento e quem recebeu o placebo (esse tipo de estudo chama-se estudo duplo-cego).
Uma vez concluído o estudo, todas as alterações observadas nos participantes que receberam o medicamento ativo são comparadas às apresentadas pelos participantes que receberam o placebo. Para que se justifique seu uso, o medicamento deve ter um desempenho substancialmente melhor do que o do placebo. Em alguns estudos, até 50% dos participantes que tomaram o placebo apresentaram melhora (um exemplo de efeito placebo), dificultando a demonstração da eficácia do medicamento em teste.
Mais informações
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The Center for Information and Study on Clinical Research Participation (CISCRP): Uma organização sem fins lucrativos que instrui e informa pacientes, pesquisadores médicos, a mídia e formuladores de políticas sobre as funções que todos eles desempenham na pesquisa clínica
ClinicalTrials.gov: Um banco de dados de estudos clínicos com financiamento público e privado conduzidos em todo o mundo