Câncer anal

PorAnthony Villano, MD, Fox Chase Cancer Center
Revisado/Corrigido: out 2023
Visão Educação para o paciente

O câncer anal é responsável por 9760 dos casos estimados e cerca de 1870 mortes nos Estados Unidos todos os anos (1). O principal sintoma é sangue nas fezes. O diagnóstico é por endoscopia. Opções de tratamento incluem excisão, quimioterapia e radioterapia.

O carcinoma espinocelular (carcinoma espinocelular não queratinizante ou carcinoma basaloide) é a causa mais comum de câncer do anorreto. Carcinoma basocelular, doença de Bowen (carcinoma intraepidérmico de células escamosas), doença de Paget extramamária, carcinoma cloacogênico e melanoma maligno são menos comuns. Outros tumores incluem linfomas e vários sarcomas. A metástase ocorre ao longo dos vasos linfáticos e do reto e nos linfonodos inguinais.

Fatores de risco para câncer anal incluem:

Pessoas que praticam sexo anal receptivo têm maior risco. Pacientes com infecção por HPV podem manifestar displasia no epitélio anal de aparência ligeiramente anormal ou normal (neoplasia intraepitelial anal—histologicamente classificados I, II, ou III). Essas alterações são mais comuns em pacientes infecção por HIV (ver Câncer de células escamosas do ânus ou da vulva). Graus mais altos podem progredir para carcinoma invasivo. Não está claro se o reconhecimento precoce e a erradicação melhoram o desfecho a longo prazo; consequentemente, as recomendações de rastreamento não são claras.

Referência geral

  1. 1. Siegel RL, Miller KD, Wagle NS, Jemal A: Cancer statistics, 2023. CA Cancer J Clin 73(1):17–48, 2023. doi: 10.3322/caac.21763

Sinais e sintomas do câncer anal

O sangramento ao evacuar é o sintoma inicial mais comum do câncer anal. Alguns pacientes têm dor, tenesmo ou uma sensação de evacuação incompleta. Uma massa pode ser palpável no exame digital retal.

Câncer anal
Ocultar detalhes
Esta foto mostra tumor maligno no ânus.
DR LARPENT/G.R.E.H.G.E.P./SCIENCE PHOTO LIBRARY

Diagnóstico do câncer anal

  • Sigmoidoscopia ou colonoscopia

  • Biópsia

Sigmoidoscopia flexível ou anoscopia ou sigmoidoscopia rígida é feita para avaliar a área. Biópsia de pele feita por dermatologista ou cirurgião à procura de lesões próximas da junção escamocolunar (linha Z) podem ser necessárias. Sempre que há sangramento retal, mesmo em pacientes com presença óbvia de hemorroidas ou doença diverticular conhecida, a coexistência de câncer deve ser descartada.

Depois que o câncer anal é diagnosticado, realizar estadiamento por TC do tórax, abdome e pelve; é necessária RM ou tomografia por emissão de pósitrons (PET) para descartar doença metastática.

Tratamento do câncer anal

  • Combinação de quimioterapia e radioterapia (quimiorradiação)

  • Às vezes, ressecção cirúrgica para tratamento de doença refratária ou recorrência

A quimiorradiação é a terapia inicial na maioria dos casos e resulta em uma taxa de cura elevada quando utilizada para tumores escamosos e cloacogênicos anais.

A regressão do tumor continua por até 6 meses após a conclusão da quimiorradioterapia (1). Durante esse período, é aceitável aguardar até observar a resposta completa antes de considerar a realização de uma cirurgia.

Indica-se ressecção abdominoperineal quando a radioterapia e a quimioterapia não resultam em regressão completa do tumor ou houver doença recorrente.

Referência sobre o tratamento

  1. 1. James RD, Glynne-Jones R, Meadows HM, et al: Mitomycin or cisplatin chemoradiation with or without maintenance chemotherapy for treatment of squamous-cell carcinoma of the anus (ACT II): A randomised, phase 3, open-label, 2 × 2 factorial trial. Lancet Oncol 14(6):516–524, 2013. doi: 10.1016/S1470-2045(13)70086-X

quizzes_lightbulb_red
Test your KnowledgeTake a Quiz!
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS