(Ver também Avaliação dos distúrbios anorretais.)
A síndrome da úlcera retal solitária é causada pela isquemia da mucosa retal distal resultante de trauma.
As causas incluem
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Contração paradoxal do músculo puborretal
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Constipação crônica
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Tentativas de desimpactação manual das fezes duras
Sinais e sintomas
Os pacientes afetados precisam se esforçar durante a defecação, têm uma sensação de evacuação incompleta ou plenitude pélvica e, às vezes, passagem de sangue e muco pelo reto.
O nome da síndrome não é adequado porque as lesões associadas podem ser solitárias ou múltiplas e ulceradas ou não ulceradas; elas variam entre eritema de mucosa, úlceras e lesões de massa pequena. As lesões geralmente estão localizadas na parede anterior retal a partir de 10 cm da borda anal.
Diagnóstico
O diagnóstico da síndrome da úlcera retal solitária é tipicamente feito pela história clínica somente, mas sigmoidoscopia flexível com biópsia é às vezes realizada para confirmação. Deve-se fazer uma avaliação à procura de prolapso retal interno de espessura total (ver Diagnóstico do prolapso retal).
O exame histopatológico do espécime da biópsia mostra uma camada mucosa espessa com distorção da arquitetura da cripta e substituição da lâmina própria por músculo liso e colágeno, levando à hipertrofia e desorganização da mucosa muscular.
Tratamento
Os casos leves são tratados com tranquilização e estabelecimento de um regime intestinal com laxantes formadores de massa fecal para aliviar a constipação crônica. Se a causa for prolapso retal, pode ser necessária cirurgia (ver tratamento do prolapso retal).