Um pequeno de ferimento, particularmente de mordida de ser humano ou gato, pode envolver uma significante lesão em tendão, cápsula articular ou cartilagem articular. A causa mais comum de mordidas humanas é a lesão induzida pelo dente à articulação metacarpofalangiana como resultado de soco na boca (lesão de punho fechado). A flora oral dos seres humanos contém Eikenella corrodens, estafilococos, estreptococos e anaeróbios. Os pacientes com esses tipos de lesões tendem a esperar horas ou dias após a ocorrência do ferimento antes de procurar atenção médica, o que aumenta a gravidade da infecção. Normalmente, as mordidas dos animais contêm patógenos múltiplos em potencial, incluindo Pasteurella multocida (particularmente em mordidas de gatos), estafilococos, estreptococos e anaeróbios. As complicações sérias incluem artrite infecciosa e osteomielite.
(Ver também Visão geral e avaliação dos distúrbios das mãos.)
Diagnóstico
Eritema e dor localizada junto à mordida sugerem infecção. Sensibilidade ao longo do tendão sugere envolvimento da bainha tendinosa. Piora significante da dor com o movimento sugere infecção da articulação ou da bainha tendinosa.
O diagnóstico das feridas infectadas por mordida da mão é clínico, mas se a pele estiver lacerada, deve-se fazer uma radiografia para detectar fraturas, dentes ou outros corpos estranhos que possam ser a causa da continuidade da infecção.
Tratamento
O tratamento das feridas infectadas por mordida é feito por desbridamento cirúrgico com a ferida deixada aberta e antibioticoterapia.
A antibioticoterapia empírica ambulatorial costuma ser feita com amoxicilina-clavulanato 500 mg VO tid ou a associação de penicilina 500 mg VO qid (para E. corrodens,P. multocida, estreptococos e anaeróbios) junto com uma cefalosporina (p. ex., cefalexina 500 mg VO qid) ou uma penicilina semissintética (p. ex., dicloxacilina 500 mg VO qid) para cobrir o estafilococo. Em áreas onde MRSA for prevalente, sulfametoxazol/trimetoprima, clindamicina, doxiciclina ou linezolida devem ser usados em vez de cefalosporina. Se o paciente for alérgico à penicilina, 300 mg VO, a cada 6 h, de clindamicina pode ser usado.
A mão deve ser imobilizada com tala em posição funcional e elevada ( Tala em posição funcional (extensão do punho em 20 graus, flexão da articulação metacarpofalangiana em 60 graus, discreta flexão interfalangiana).).
As mordidas não infectadas podem exigir desbridamento cirúrgico e profilaxia com 50% da dose do antibiótico utilizado para tratar as feridas infectadas.