Em homens, a disfunção sexual refere-se à dificuldade em ter relações sexuais. A disfunção sexual engloba diversos transtornos que afetam
A disfunção sexual pode ser resultante de fatores físicos ou psicológicos. Muitos problemas sexuais resultam de uma combinação de fatores físicos e psicológicos. Um problema físico pode levar a problemas psicológicos (tais como ansiedade, depressão ou estresse), que por sua vez pode agravar o problema físico. Às vezes, os homens pressionam-se a si mesmos ou se sentem pressionados pela parceira ou parceiro sexual para ter um bom desempenho sexual e ficam angustiados quando não conseguem (ansiedade de desempenho). A ansiedade de desempenho pode causar problemas e piorar ainda mais a capacidade do homem de desfrutar das relações sexuais.
Distúrbios da ejaculação são as disfunções sexuais mais comuns apresentadas pelos homens. Os distúrbios incluem
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Ejaculação precoce antes ou um pouco depois de penetrar a vagina (ejaculação prematura)
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Ejaculação para dentro da bexiga (ejaculação retrógrada)
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Incapacidade de ejacular (anejaculação)
A disfunção erétil é comum em homens de meia-idade e mais velhos. A diminuição da libido também afeta alguns homens.
Função sexual masculina normal
A função sexual normal é uma interação complexa envolvendo tanto a mente quanto o corpo. Os sistemas nervoso, circulatório e endócrino (hormonal) interagem com a mente para produzir uma resposta sexual. Uma interação delicada e equilibrada entre esses sistemas controla a resposta sexual masculina.
Desejo (também chamado de impulso sexual ou libido) é o desejo de se iniciar a atividade sexual. Pode ser desencadeado por pensamentos, palavras, imagens, cheiro ou toque. O desejo leva ao primeiro estágio do ciclo de resposta sexual, a excitação.
A excitação ou excitação sexual, é a etapa seguinte. Durante a excitação, o cérebro envia sinais nervosos pela medula espinhal para o pênis. As artérias que fornecem sangue para os tecidos eréteis (corpo cavernoso e corpo esponjoso) respondem a isso ao se abrirem amplamente (relaxamento e dilatação). As artérias dilatadas aumentam drasticamente o fluxo sanguíneo para essas áreas, que ficam cheias de sangue e se expandem. Essa expansão exerce uma pressão que comprime as veias que normalmente drenam o sangue do pênis, diminuindo o fluxo de sangue e, assim, elevando a pressão sanguínea dentro do pênis. Esta pressão elevada no pênis resulta em rigidez e ereção. Além disso, a tensão muscular aumenta no corpo todo.
No estágio do platô, a excitação e a tensão muscular são intensificadas.
Orgasmo é o pico ou clímax da excitação sexual. No orgasmo, a tensão muscular em todo o corpo aumenta ainda mais e os músculos pélvicos se contraem, o que é seguido pela ejaculação.
A ejaculação ocorre quando nervos estimulam as contrações musculares nos órgãos reprodutores masculinos: as vesículas seminais, a glândula da próstata, dutos do epidídimo e canal deferente. Essas contrações forçam o sêmen para a uretra. A contração dos músculos ao redor da uretra impulsiona ainda mais o sêmen para fora do pênis. O colo da bexiga também se contrai, impedindo que o sêmen volte para a bexiga.
Embora a ejaculação e o orgasmo muitas vezes ocorram quase simultaneamente, são eventos separados. Raramente, a ejaculação pode ocorrer sem orgasmo. Além disso, o orgasmo pode ocorrer na ausência de ejaculação, especialmente antes da puberdade, ou como um efeito colateral de certos medicamentos (como antidepressivos) ou após uma cirurgia (por exemplo, como a retirada do cólon ou glândula da próstata). O orgasmo normalmente é altamente prazeroso.
Na fase de resolução, o corpo retorna a um estado de não excitação. Assim que a ejaculação ou o orgasmo ocorrem, as artérias penianas se contraem e o músculo liso do corpo cavernoso e corpo esponjoso se contrai, o que reduz a afluência sanguínea, aumenta a saída de sangue e faz com que o pênis fique flácido (detumescência). Após o orgasmo, não é possível ter ereção por um período (período refratário), geralmente de apenas 20 minutos ou menos em homens jovens, porém mais longos em homens mais velhos. O tempo entre as ereções geralmente aumenta à medida que os homens envelhecem.
Atividade sexual e doenças cardíacas
A atividade sexual geralmente é menos desgastante do que atividade física moderada a pesada e, portanto, em geral é segura para homens com doenças cardíacas. Embora o risco de um ataque cardíaco seja maior durante a atividade sexual do que durante o repouso, o risco ainda é muito baixo durante a atividade sexual.
No entanto, os homens sexualmente ativos com distúrbios do sistema cardíaco e cardiovascular (que incluem angina, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, arritmia cardíaca e obstrução da válvula aórtica [estenose aórtica]) precisam consultar o médico. Normalmente, a atividade sexual é segura se a doença é leve, se causa poucos sintomas e, se a pressão arterial está normal. Se a doença é moderada em termos de gravidade ou se o homem tem outros distúrbios que tornam provável um ataque cardíaco, podem ser necessários exames para determinar quão segura é a atividade sexual. Se a doença for grave ou se o homem tiver um coração com tamanho aumentado, que bloqueia o fluxo de sangue que sai do ventrículo esquerdo (cardiomiopatia obstrutiva), a atividade sexual deve ser adiada até que o tratamento reduza a gravidade dos sintomas. As pessoas devem perguntar ao seu médico quanto tempo devem esperar depois de um ataque cardíaco antes de reiniciarem a atividade sexual. A American Heart Association (Associação Americana do Coração) aconselha reiniciar a atividade sexual logo uma semana após um ataque cardíaco se a pessoa conseguir realizar atividade física leve a moderada sem ter dor no peito ou falta de ar.
O uso de sildenafila, vardenafila, avanafila ou tadalafila é perigoso em homens que tomam nitroglicerina, pois a pressão sanguínea pode ficar perigosamente baixa.
Na maioria das vezes, os testes para determinar a segurança da atividade sexual envolvem o monitoramento do coração em busca de sinais de pouco fornecimento de sangue, enquanto o homem se exercita em uma esteira. Se o fornecimento de sangue for adequado durante os exercícios, é improvável que ocorra um ataque cardíaco durante a atividade sexual.