
Por vários anos antes e logo após a menopausa, os níveis de estrogênio variam muito, as menstruações tornam-se irregulares e podem ocorrer sintomas, como ondas de calor.
Após a menopausa, a densidade óssea diminui.
A menopausa é diagnosticada quando a mulher não teve uma menstruação por um ano, mas é possível que sejam feitos exames de sangue para confirmá-la.
Algumas medidas, incluindo terapia hormonal e outros medicamentos, podem amenizar os sintomas.
Durante a fase reprodutiva, as menstruações Ciclo menstrual A menstruação é a descamação da mucosa do útero (endométrio) acompanhada por sangramento. Ela ocorre, aproximadamente, em ciclos mensais ao longo da vida reprodutiva da mulher, exceto durante... leia mais geralmente ocorrem aproximadamente em ciclos mensais, nos quais há liberação de um óvulo pelo ovário (ovulação) aproximadamente duas semanas após o primeiro dia da menstruação. Para que esse ciclo ocorra regularmente, os ovários têm de produzir uma quantidade suficiente dos hormônios estrogênio e progesterona.
A menopausa ocorre porque, com o avanço da idade, os ovários param de produzir estrogênio e progesterona. Durante os anos antes da menopausa, a produção de estrogênio e progesterona começa a variar e a menstruação e a ovulação ocorrem com menos frequência. As menstruações e a ovulação acabam cessando permanentemente e não há mais a possibilidade de ocorrer gravidez de forma natural. A última menstruação pode ser identificada apenas posteriormente, quando não tiver ocorrido qualquer menstruação durante um período mínimo de um ano. (A mulher que não deseja engravidar deve usar métodos anticoncepcionais até um ano após sua última menstruação.)
A perimenopausa diz respeito aos diversos anos antes e o primeiro ano depois da última menstruação. O número de anos de perimenopausa que antecedem a última menstruação varia consideravelmente. Durante a perimenopausa, os níveis de estrogênio e progesterona variam muito. Essas variações são consideradas a causa dos sintomas da menopausa que afetam muitas mulheres na faixa dos 40 anos de idade.
A transição da menopausa é a fase da perimenopausa que ocorre em preparo à última menstruação. Ela é caracterizada por mudanças no padrão das menstruações. A transição da menopausa dura de quatro a oito anos. Ela dura mais tempo em mulheres que fumam e em mulheres que eram mais jovens quando ela começou.
A pós-menopausa diz respeito à época após a última menstruação.
Nos Estados Unidos, a idade média para a menopausa é de aproximadamente 52 anos. Entretanto, a menopausa pode ocorrer normalmente em mulheres entre 45 (ou até 40) anos e 55 anos de idade. A menopausa pode ter início em uma idade mais jovem em mulheres que
Fumar
Vivem em altitudes elevadas
São desnutridas
A menopausa é considerada precoce quando ocorre antes dos 40 anos de idade. A menopausa precoce Menopausa Precoce A menopausa precoce é o fim permanente da menstruação antes dos 40 anos de idade. Ela ocorre porque os ovários param de liberar óvulos (ovulação) em intervalos regulares e sua capacidade de... leia mais também é conhecida como insuficiência ovariana precoce ou insuficiência ovariana primária.
Sintomas da menopausa
Sintomas da perimenopausa
Durante a perimenopausa, os sintomas podem ser inexistentes, leves, moderados ou graves. Os sintomas podem durar de seis meses a 10 anos e, às vezes, até mais tempo.
A menstruação irregular pode ser o primeiro sintoma de perimenopausa. Normalmente, as menstruações vêm com mais frequência, depois passam a vir com menos frequência, mas qualquer padrão é possível. As menstruações podem ser de curta ou longa duração, com fluxo mais fraco ou mais intenso. Às vezes, elas podem ficar meses sem vir e depois voltam a ficar regulares. Em algumas mulheres, as menstruações ocorrem regularmente até a menopausa.
As ondas de calor afetam 75% a 85% das mulheres. Elas normalmente começam antes das menstruações cessarem. Elas duram em média quase sete anos e meio, mas podem durar mais de dez anos. As ondas de calor costumam se tornar menos intensas e ocorrer com menos frequência à medida que o tempo passa.
As causas das ondas de calor são desconhecidas. Porém, elas talvez envolvam a restauração do termostato do cérebro, o hipotálamo, que controla a temperatura corporal. Consequentemente, aumentos muito baixos de temperatura podem fazer com que a mulher sinta calor. As ondas de calor talvez estejam relacionadas a variações nos níveis hormonais. Não existem evidências convincentes de que bebidas alcoólicas desencadeiam ondas de calor.
Durante uma onda de calor, os vasos sanguíneos próximos à superfície da pele aumentam (dilatam-se). Consequentemente, o fluxo sanguíneo aumenta, deixando a pele, principalmente da cabeça e do pescoço, vermelha e quente (ruborizada). A mulher sente calor e ela pode transpirar intensamente. Às vezes, as ondas de calor são chamadas de fogacho, pois a pele do rosto pode ficar vermelha.
A onda de calor dura entre 30 segundos a cinco minutos e pode ser seguida por calafrios. Suores noturnos são ondas de calor que ocorrem durante a noite.
Outros sintomas podem ocorrer na época da menopausa. As mudanças nos níveis hormonais que ocorrem nessa época podem contribuir para:
Dor nos seios
Mau humor
Piora da enxaqueca que ocorre logo antes, durante ou logo após a menstruação (enxaquecas menstruais)
Depressão, irritabilidade, ansiedade, nervosismo, distúrbios do sono (incluindo insônia), perda de concentração, dor de cabeça e fadiga também podem ocorrer. Muitas mulheres sofrem desses sintomas durante a perimenopausa e presumem que a causa é a menopausa. Entretanto, a evidência que corrobora a relação entre a menopausa e esses sintomas é heterogênea. Esses sintomas não estão relacionados diretamente à diminuição dos níveis de estrogênio que ocorrem na menopausa. Muitos outros fatores, como o próprio envelhecimento ou certos distúrbios, podem explicar os sintomas.
Os suores noturnos podem perturbar o sono, contribuindo para a fadiga, irritabilidade, perda de concentração e alterações de humor. Nesses casos, tais sintomas podem estar relacionados indiretamente, em decorrência dos suores noturnos, à menopausa. Entretanto, durante a menopausa, os distúrbios do sono são comuns mesmo entre mulheres que não sofrem de ondas de calor. Os estresses da meia-idade (por exemplo, conflitos com adolescentes, preocupações com envelhecimento, cuidados com pais idosos e mudanças nas relações conjugais), podem contribuir para os distúrbios do sono. Assim, a relação entre a fadiga, a irritabilidade, a perda de concentração e as alterações de humor e a menopausa parece menos evidente.
Sintomas após a menopausa
Muitos dos sintomas que ocorrem durante a perimenopausa, apesar de perturbadores, tornam-se menos frequentes e intensos após a menopausa. Entretanto, a diminuição da concentração de estrogênio causa mudanças que podem prosseguir e afetar negativamente a saúde (por exemplo, o aumento do risco de ter osteoporose). Essas mudanças talvez se agravem, a menos que sejam tomadas as medidas cabíveis para preveni-las. Essas mudanças podem afetar:
Aparelho reprodutor: O revestimento da vagina se torna mais fino, mais seco e menos elástico (um quadro clínico denominado atrofia vaginal, que às vezes é chamado incorretamente de vaginite atrófica). Estas mudanças podem causar dor durante as relações sexuais. Outros órgãos sexuais Considerações gerais sobre o sistema reprodutor feminino O sistema reprodutor feminino é formado pelos órgãos genitais externos e pelos órgãos genitais internos. Outras partes do corpo também afetam o desenvolvimento e funcionamento do sistema reprodutor... leia mais , como os pequenos lábios, o clitóris, o útero e os ovários, diminuem de tamanho. O desejo sexual (libido) normalmente diminui com a idade. A maioria das mulheres ainda pode ter orgasmo, mas algumas precisam de mais tempo para alcançá-lo.
Trato urinário: O revestimento da uretra torna-se mais fino; e a uretra, mais curta. Por causa dessas mudanças, micro-organismos podem entrar no corpo e algumas mulheres apresentam infecções das vias urinárias mais facilmente. A mulher com infecção do trato urinário Considerações gerais sobre infecções do trato urinário (ITUs) Em pessoas saudáveis, a urina na bexiga é estéril – não tem bactérias ou outros micro-organismos infecciosos. O tubo que transporta a urina da bexiga até o exterior do corpo (uretra) não contém... leia mais pode ter uma sensação de ardência ao urinar. Após a menopausa, a necessidade de urinar pode subitamente se tornar irresistível (denominada incontinência urinária de urgência Urgência urinária Uma necessidade urgente de urinar (urgência), que pode ser sentida quase como um esforço constante e doloroso (tenesmo), pode ser provocada por uma irritação da bexiga. Perda incontrolada de... leia mais ), o que às vezes dá origem à incontinência urinária Incontinência urinária em adultos A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. A incontinência pode ocorrer em homens e mulheres em qualquer idade, mas é mais comum em mulheres e idosos, afetando cerca de 30% das... leia mais
, que é a micção involuntária. A incontinência urinária torna-se mais comum e grave com o avanço da idade. Entretanto, ainda não se sabe o quanto a menopausa contribui para a incontinência. Muitos outros fatores, como consequências do parto, obesidade e utilização de terapia hormonal, contribuem para a incontinência.
Cútis: A redução nos níveis de estrogênio, bem como o próprio envelhecimento, causam uma diminuição na quantidade de colágeno (uma proteína que fortalece a pele) e de elastina (uma proteína que confere elasticidade à pele). Assim, a pele pode tornar-se mais fina, seca, menos elástica e mais suscetível a lesões.
Osso: A diminuição de estrogênio frequentemente causa uma diminuição da densidade óssea e, às vezes, osteoporose Osteoporose A osteoporose é um quadro clínico em que uma redução da densidade dos ossos enfraquece os ossos, tornando-os suscetíveis a quebra (fraturas). O envelhecimento, a deficiência de estrogênio, o... leia mais
, pois o estrogênio ajuda a preservar os ossos. Os ossos perdem densidade e ficam mais fracos, aumentando as chances de fraturas. Durante os primeiros cinco anos após a menopausa, a densidade óssea diminui rapidamente. Depois disso, ela diminui aproximadamente no mesmo ritmo que a dos homens (aproximadamente 1% a 3% por ano).
Níveis de gordura (lipídios): Após a menopausa, os níveis do colesterol de lipoproteína de baixa densidade Níveis de colesterol A aterosclerose é um quadro clínico no qual depósitos irregulares de material gorduroso (ateromas ou placas ateroscleróticas) se desenvolvem nas paredes das artérias de médio e grande porte... leia mais
(LDL, o colesterol ruim), aumentam nas mulheres. Os níveis de colesterol de lipoproteína de alta densidade Dislipidemia
(HDL, o colesterol bom) continuam a ser aproximadamente os mesmos que antes da menopausa. A alteração nos níveis de LDL talvez explique, em parte, por que a aterosclerose Aterosclerose A aterosclerose é um quadro clínico no qual depósitos irregulares de material gorduroso (ateromas ou placas ateroscleróticas) se desenvolvem nas paredes das artérias de médio e grande porte... leia mais
e, consequentemente, a doença arterial coronariana Considerações gerais sobre a doença arterial coronariana (DAC) A doença arterial coronariana é um quadro clínico no qual o suprimento de sangue para o músculo cardíaco é bloqueado parcial ou completamente. O músculo cardíaco precisa de um fornecimento constante... leia mais
ocorrem com mais frequência em mulheres após a menopausa. Entretanto, ainda não se sabe se essas mudanças são causadas pelo envelhecimento ou pela diminuição da concentração de estrogênio após a menopausa. Até a menopausa, é possível que a alta concentração de estrogênio proteja contra a doença arterial coronariana.
A síndrome genito-urinária da menopausa é um termo novo e mais preciso utilizado para indicar os sintomas que afetam a vagina e o trato urinário e que são causados pela menopausa. Esses sintomas incluem secura vaginal, dor durante a relação sexual, urgência miccional e infecções do trato urinário.
Diagnóstico da menopausa
Avaliação médica
Em algumas raras ocasiões, exames de sangue para medir os níveis hormonais
A menopausa é evidente em aproximadamente 75% das mulheres. Assim, análises laboratoriais são normalmente desnecessárias.
Se a menopausa começar vários anos antes dos 50 ou os sintomas não forem nítidos, é possível que exames sejam realizados para constatar distúrbios que podem interromper as menstruações. Raramente, em caso de a menopausa ou perimenopausa precisar de confirmação, é possível realizar exames de sangue para medir os níveis de hormônio folículo-estimulante (que estimula os ovários a produzir estrogênio e progesterona).
Antes de iniciar qualquer tratamento, o médico faz o seguinte:
Faz perguntas à mulher sobre seu histórico médico e familiar
Realiza um exame físico, incluindo um exame da mama e exames pélvicos Exame pélvico Para cuidados ginecológicos, a mulher deve escolher um médico com quem possa discutir confortavelmente temas delicados, como sexo, métodos anticoncepcionais, gravidez e problemas relacionados... leia mais e a medição da pressão arterial e do peso.
Durante o exame pélvico Exame pélvico Para cuidados ginecológicos, a mulher deve escolher um médico com quem possa discutir confortavelmente temas delicados, como sexo, métodos anticoncepcionais, gravidez e problemas relacionados... leia mais , o médico verifica se existem as mudanças características na vagina, que dão respaldo ao diagnóstico de menopausa. O médico também verifica se existem anomalias nos órgãos reprodutores.
O histórico médico e familiar da mulher ajuda o médico a determinar se ela tem risco de ter determinados distúrbios após a menopausa.
Caso uma mamografia não tenha sido realizada recentemente, ela será realizada como parte dos cuidados de rotina. É possível que sejam feitos exames de sangue.
A densidade óssea é medida nas mulheres que cumprem com os seguintes critérios:
Aquelas com alto risco de osteoporose Fatores de risco para osteoporose primária
ou que tiveram uma fratura que resultou de uma queda ou esforço relativamente pequeno que não causaria uma fratura em um osso saudável (chamado uma fratura por fragilidade)
Aquelas que tiveram um distúrbio alimentar Considerações gerais sobre transtornos alimentares Os transtornos alimentares envolvem uma perturbação da alimentação ou do comportamento relacionado à alimentação, que costumam incluir Alterações dos alimentos ou da quantidade consumida pela... leia mais ou que passaram por uma cirurgia de derivação gástrica Gastroplastia em Y de Roux A cirurgia bariátrica (de perda de peso) modifica o estômago, o intestino, ou ambos, para levar à perda de peso. Nos Estados Unidos, aproximadamente 160.000 pessoas se submetem à cirurgia bariátrica... leia mais
Aquelas que fumam ou consomem grandes quantidades de álcool
Aquelas que têm utilizado corticosteroides por um muito tempo ou medicamentos que bloqueiam a produção de estrogênio, como, por exemplo, inibidores de aromatase (usados para tratar o câncer de mama) e, com isso, causar a redução da densidade óssea
Aquelas com baixo índice de massa corporal (IMC), doença de Crohn Doença de Crohn A doença de Crohn é uma doença intestinal inflamatória na qual a inflamação crônica normalmente envolve a parte inferior do intestino delgado, o intestino grosso ou ambos, e pode afetar qualquer... leia mais
ou uma síndrome de má absorção Considerações gerais sobre a má absorção A síndrome da má absorção refere-se a diversos distúrbios em que os nutrientes dos alimentos não são absorvidos de forma adequada no intestino delgado. Certos distúrbios, infecções e procedimentos... leia mais
Todas as mulheres com 65 anos ou mais
Tratamento da menopausa
Medidas gerais
Certos medicamentos
Medicina complementar e alternativa
Terapia hormonal
Compreender o que ocorre durante a perimenopausa pode ajudar a mulher a lidar com os sintomas. Conversar com outras mulheres que já tenham passado pela menopausa ou com o médico também pode ajudar.
O enfoque do tratamento da menopausa é aliviar os sintomas, como as ondas de calor e a secura vaginal. Medidas gerais talvez ajudem; porém, quando é necessário outro tratamento, o mais eficaz é a
O progestogênio diz respeito tanto à forma sintética como à forma natural da progesterona (um hormônio feminino). Outro termo, a progestina, diz respeito apenas às formas sintéticas.
Medidas eficazes que não envolvem o uso de hormônio incluem
Hipnose por um profissional de saúde qualificado para ajudar a aliviar as ondas de calor
Terapia cognitivo-comportamental
Outros medicamentos, como dois tipos de antidepressivos (inibidores seletivos da recaptação da serotonina ou inibidores seletivos da recaptação da serotonina e noradrenalina) ou o anticonvulsivante gabapentina
A terapia cognitivo-comportamental foi adaptada para ser utilizada durante a transição entre a menopausa e a pós-menopausa. Ela pode ajudar a mulher a controlar ondas de calor e suores noturnos.
Medidas gerais
As medidas a seguir talvez ajudem a aliviar as ondas de calor:
Usar peças de roupas que possam ser tiradas quando se sente calor e colocadas quando se sente frio pode ajudar a mulher a lidar com as ondas de calor.
Vestir roupas que permitam a transpiração (como roupas íntimas e pijamas de algodão) ou que absorvam a umidade (como certos tipos de roupa íntima e de ginástica) pode aumentar o conforto.
Evitar coisas que desencadeiam sintomas (como ambientes quentes, alimentos condimentados e luzes fortes) também pode ajudar.
Utilizar ventiladores e abaixar a temperatura no termostato talvez ajude.
Utilizar um forro de colchão com gel de resfriamento (um forro recheado com gel que é colocado sobre o colchão e atrai o calor do corpo da pessoa)
Utilizar um dispositivo de resfriamento (por exemplo, ao redor do pulso, cabeça ou pescoço)
Exercitar-se regularmente e perder de peso pode ajudar a controlar as ondas de calor, além de ter outros benefícios para a saúde.
Embora a prática de mindfulness (a prática de estar ciente do momento presente), técnicas de relaxamento e/ou ioga possam ser geralmente benéficos para mulheres, não está claro se elas aliviam as ondas de calor.
Para controlar perturbações do sono, a mulher pode seguir uma rotina para se acalmar antes de ir para cama e quando os suores noturnos a acordam no meio da noite. Desenvolver bons hábitos de sono Higiene do sono Os problemas relacionados com o sono mais comumente relatados são a insônia e a sonolência excessiva durante o dia. A insônia consiste na dificuldade em adormecer ou em continuar a dormir, desperta-se... leia mais e praticar exercícios também pode ajudar a melhorar o sono.
Praticar os exercícios de Kegel talvez ajude a melhorar o controle da bexiga Exercícios O prolapso de órgãos pélvicos consiste na queda (prolapso) da bexiga, uretra, intestino delgado, reto, útero ou vagina, causada por fraqueza ou lesão nos ligamentos, tecido conjuntivo e músculos... leia mais . Nesses exercícios, a mulher contrai os músculos pélvicos como se estivesse interrompendo o fluxo urinário. A mulher pode também aprender a usar a técnica do biofeedback para ajudá-la a aprender a controlar os músculos da pelve. A técnica de biofeedback Biofeedback O biofeedback, um tipo de medicina de interação mente-corpo, é um método usado para fazer com que os processos biológicos inconscientes sejam controlados de maneira consciente. No biofeedback... leia mais é um método usado para fazer com que os processos biológicos inconscientes sejam controlados de maneira consciente. Essa técnica envolve a utilização de aparelhos eletrônicos que medem as informações sobre estes processos e retornam as informações à mente consciente. Outras medidas que podem ajudar incluem
Limitar a ingestão de líquidos em certos horários (por exemplo, antes de sair ou três a quatro horas antes de dormir)
Evitar consumir alimentos que irritam a bexiga (por exemplo, líquidos que contenham cafeína e alimentos salgados ou apimentados)
Caso a secura vaginal cause dores durante a relação sexual, o uso de lubrificantes vaginais de venda livre talvez ajude. Para algumas mulheres, aplicar hidratante vaginal a cada um a três dias ajuda. Continuar sexualmente ativa ou masturbar-se também ajuda, pois estimula o fluxo sanguíneo para a vagina e os tecidos ao redor e preserva a flexibilidade dos tecidos.
Medicamentos
Vários tipos de medicamentos podem ajudar a aliviar alguns dos sintomas associados à menopausa.
Paroxetina (um antidepressivo) pode ajudar a aliviar as ondas de calor. Gabapentina, um anticonvulsivante, e outros antidepressivos (como desvenlafaxina, fluoxetina, sertralina ou venlafaxina) apresentam algum efeito no alívio das ondas de calor. Os antidepressivos Farmacoterapia para depressão também talvez ajudem a aliviar a depressão, a ansiedade e a irritabilidade. No entanto, nenhum desses medicamentos é tão eficaz em aliviar os sintomas da menopausa quanto a terapia hormonal.
Às vezes, recomenda-se um sonífero Tratamento Os problemas relacionados com o sono mais comumente relatados são a insônia e a sonolência excessiva durante o dia. A insônia consiste na dificuldade em adormecer ou em continuar a dormir, desperta-se... leia mais para aliviar a insônia.
Medicina complementar e alternativa
Algumas mulheres tomam ervas medicinais e outros suplementos para aliviar ondas de calor, irritabilidade, alterações de humor e perda de memória. Contudo, o cohosh negro, outras ervas medicinais (como dong quai, óleo de prímula, ginseng e erva-de-são-joão) e outros medicamentos de venda livre não parecem ser mais eficazes que placebo Placebos Os placebos são substâncias fabricadas com o objetivo de se assemelharem aos medicamentos, mas não contêm princípio ativo. (Consulte também Considerações gerais sobre medicamentos.) Um placebo... leia mais , que funciona aproximadamente 50% das vezes. Além disso, esses remédios não possuem regulamentação da mesma maneira que os medicamentos. Ou seja, os fabricantes não precisam comprovar sua segurança ou eficácia e não existe padronização dos ingredientes e das respectivas quantidades no produto (consulte Considerações gerais sobre suplementos alimentares/segurança e eficácia Segurança e eficácia Suplementos alimentares são usados por aproximadamente 75% dos americanos. Eles representam as terapias mais frequentemente incluídas na medicina e saúde integrativa (MSI) e na medicina complementar... leia mais ).
Estudos com a proteína de soja obtiveram resultados incongruentes. Um produto de soja chamado S-equol talvez ajude a aliviar ondas de calor em algumas mulheres.
Alguns suplementos, como kava, podem ser prejudiciais. Ademais, alguns complementos podem reagir com outros medicamentos e agravar alguns distúrbios.
Preocupações sobre a utilização da terapia hormonal padrão levaram a um aumento no interesse em utilizar hormônios derivados de plantas, como o inhame e a soja. Esses hormônios têm quase a mesma estrutura molecular de hormônios produzidos pelo organismo e, por isso, são chamados de hormônios bioidênticos. Muitos hormônios utilizados na terapia hormonal padrão também são os denominados hormônios bioidênticos derivados de plantas. Contudo, os hormônios utilizados na terapia hormonal padrão foram testados e aprovados, e sua utilização é monitorada com atenção.
Às vezes, os farmacêuticos manipulam hormônios bioidênticos para uma paciente de acordo com a receita médica. São os chamados hormônios bioidênticos de manipulação. Sua fabricação, não é devidamente regulamentada. Por isso, muitas doses, apresentações e muitos compostos são possíveis e a pureza, consistência e potência dos produtos variam. Os hormônios bioidênticos de manipulação são frequentemente comercializados como substitutos para a terapia hormonal padrão e, às vezes, apresentados como uma alternativa melhor e mais segura que aquela. Porém, não há evidência de que esses produtos de manipulação sejam melhores e mais eficazes, ou mesmo eficazes, em comparação à terapia hormonal padrão. Às vezes, a mulher não é informada de que os produtos de hormônios bioidênticos de manipulação possuem os mesmos riscos que os hormônios padrão.
Aconselha-se às mulheres que estejam considerando tomar essas terapias hormonais compostas que discutam a respeito com o médico.
Terapia hormonal para a menopausa
A terapia hormonal pode aliviar tanto sintomas moderados quanto graves da menopausa, como ondas de calor, suores noturnos e secura vaginal. Entretanto, a terapia hormonal pode aumentar o risco de desenvolvimento de certos distúrbios graves.
A terapia hormonal melhora a qualidade de vida de muitas mulheres ao aliviar os sintomas, mas ela não melhora a qualidade de vida de mulheres que não têm sintomas. Assim, a terapia hormonal não é administrada rotineiramente a mulheres na pós-menopausa. Seguir ou não uma terapia hormonal é uma decisão que precisa ser tomada em conjunto pela paciente e seu médico tomando por base a situação individual da mulher. A mulher deve perguntar ao médico quais os riscos e benefícios da terapia hormonal antes de começar a tomar os medicamentos.
Para muitas mulheres, há mais riscos do que benefícios em potencial, então não se recomenda essa terapia. Entretanto, em algumas mulheres, dependendo dos problemas de saúde e dos fatores de risco, é possível que os benefícios sejam superiores aos riscos.
Por exemplo, a terapia hormonal talvez seja recomendada para mulheres com alto risco de apresentar perda óssea ou fratura em conjunto com mais um dos quesitos a seguir:
Idade inferior a 60 anos.
A menopausa foi diagnosticada há menos de 10 anos.
A mulher não pode tomar outros medicamentos (como bifosfonatos) para prevenir a perda óssea e fraturas.
A terapia hormonal reduz a perda óssea e o risco de fratura nessas mulheres.
Geralmente, o médico não recomenda à mulher que comece a tomar terapia hormonal se
A idade for superior a 60 anos.
A menopausa foi diagnosticada há mais de 10 a 20 anos.
Nessas mulheres, o risco de doença arterial coronariana Considerações gerais sobre a doença arterial coronariana (DAC) A doença arterial coronariana é um quadro clínico no qual o suprimento de sangue para o músculo cardíaco é bloqueado parcial ou completamente. O músculo cardíaco precisa de um fornecimento constante... leia mais , acidente vascular cerebral Considerações gerais sobre o acidente vascular cerebral Um acidente vascular cerebral ocorre quando uma artéria no cérebro fica bloqueada ou se rompe, resultando na morte de uma área do tecido cerebral devido à perda do suprimento sanguíneo (infarto... leia mais , coágulos sanguíneos nas pernas Trombose venosa profunda (TVP) A trombose venosa profunda se caracteriza pela formação de coágulos de sangue (trombos) nas veias profundas, geralmente nas pernas. Coágulos de sangue podem se formar em veias lesionadas, um... leia mais
, coágulos sanguíneos nos pulmões Embolia pulmonar (EP) A embolia pulmonar é a obstrução de uma artéria do pulmão (artéria pulmonar) pelo acúmulo de material sólido trazido através da corrente sanguínea (êmbolo), geralmente um coágulo de sangue ... leia mais e demência Demência A demência é uma diminuição, lenta e progressiva, da função mental, que afeta a memória, o pensamento, o juízo e a capacidade para aprender. Normalmente, os sintomas incluem perda de memória... leia mais é mais alto.
Quando a terapia hormonal é utilizada, o médico receita a menor dose de hormônio que consegue controlar os sintomas e pelo período mais curto.
A terapia hormonal pode incluir
Estrogênio
Um progestogênio (como progesterona ou acetato de medroxiprogesterona)
Ambos
Todos os hormônios usados na terapia hormonal são produzidos em laboratório. Podem ou não ser idênticos aqueles produzidos pelo corpo, mas a forma como agem no organismo é muito similar. Os progestogênios se assemelham à progesterona, um hormônio feminino produzido pelo organismo.
O estrogênio e os progestogênios têm diversas apresentações farmacêuticas Apresentações da terapia hormonal A menopausa é o fim permanente das menstruações e, consequentemente, da fertilidade. Por vários anos antes e logo após a menopausa, os níveis de estrogênio variam muito, as menstruações tornam-se... leia mais . O estradiol e os estrogênios conjugados (uma mistura de estrogênios) são apresentações farmacêuticas de estrogênio que costumam ser usadas com frequência.
A mulher que ainda possui o útero geralmente recebe estrogênio mais um progestogênio (terapia hormonal combinada), pois tomar apenas estrogênio aumenta o risco de ter câncer do revestimento uterino Câncer do útero O câncer do útero se desenvolve no revestimento do útero (endométrio), portanto também é chamado de câncer de endométrio. O câncer de endométrio geralmente afeta mulheres após a menopausa. Às... leia mais (câncer de endométrio). O progestogênio ajuda a prevenir esse tipo de câncer. A mulher que não tiver mais útero pode tomar apenas estrogênio.
Os benefícios e os riscos da terapia hormonal dependem do fato de os hormônios serem tomados isoladamente ou em conjunto.
Estrogênios com ou sem um progestogênio: Benefícios e riscos em potencial
O estrogênio tem muitos benefícios:
Ondas de calor e outros sintomas: o estrogênio é o tratamento mais eficaz para ondas de calor.
Ressecamento e adelgaçamento dos tecidos vaginais e trato urinário: O estrogênio pode prevenir o ressecamento e adelgaçamento desses tecidos. Assim, ele reduz as dores durante a relação sexual. Quando o único problema da mulher é o ressecamento e adelgaçamento desses tecidos, é possível que o médico recomende uma apresentação farmacêutica de estrogênio que é inserida na vagina. Essas apresentações farmacêuticas incluem comprimidos de estrogênio de baixa dose, um anel de estrogênio de baixa dose e um creme de estrogênio de baixa dose e supositórios. Quando uma baixa dose de estrogênio for usada, a mulher que ainda tem o útero não precisa tomar um progestogênio. Caso estejam tomando altas doses de estrogênio, as mulheres com útero precisam tomar um progestogênio.
Uma necessidade urgente de urinar e infecções recorrentes do trato urinário: As apresentações farmacêuticas de estrogênio que são inseridas na vagina (cremes, comprimidos ou anéis) ajudam a aliviar esses problemas.
Osteoporose Osteoporose A osteoporose é um quadro clínico em que uma redução da densidade dos ossos enfraquece os ossos, tornando-os suscetíveis a quebra (fraturas). O envelhecimento, a deficiência de estrogênio, o... leia mais
: O estrogênio, com ou sem um progestogênio, ajuda a prevenir ou adiar o surgimento da osteoporose. Entretanto, normalmente não se recomenda mais seguir a terapia hormonal com o único objetivo de prevenir a osteoporose. Em vez disso, a maioria das mulheres pode tomar um bifosfonato ou outro medicamento Medicamentos
para ajudar a prevenir a osteoporose (embora esses medicamentos tenham seus próprios riscos). Os bifosfonatos aumentam a massa óssea, reduzindo o número de ossos que o corpo decompõe durante a reconstituição óssea. O organismo realiza um processo contínuo de decomposição e reconstituição óssea para ajudá-los a atenderem às exigências impostas a eles. Conforme as pessoas envelhecem, ocorre mais decomposição que reconstituição óssea.
A mulher que ainda possui o útero e toma estrogênio sem um progestogênio tem um risco maior de ter câncer de endométrio. O risco aumenta ainda mais por causa de doses altas e uso prolongado do estrogênio. A ingestão de um progestogênio com estrogênio quase sempre elimina o risco de ter câncer de endométrio; no caso de mulheres que não seguem uma terapia hormonal, a redução do risco é inferior. No entanto, os médicos avaliam qualquer sangramento vaginal em mulheres em uso de terapia hormonal, para descartar câncer de endométrio.
O estrogênio, tomado com ou sem um progestogênio, aumenta o risco de:
Câncer de mama: Começa a ocorrer um aumento muito leve no risco de ter câncer de mama depois de ela tomar estrogênio com um progestogênio por aproximadamente três a cinco anos. Porém, caso o estrogênio seja tomado isoladamente no início da menopausa, o aumento do risco talvez demore dez ou mesmo 15 anos para ocorrer.
Acidente vascular cerebral
Coágulos de sangue nas pernas (trombose venosa profunda Trombose venosa profunda (TVP) A trombose venosa profunda se caracteriza pela formação de coágulos de sangue (trombos) nas veias profundas, geralmente nas pernas. Coágulos de sangue podem se formar em veias lesionadas, um... leia mais
) e nos pulmões (embolia pulmonar Embolia pulmonar (EP) A embolia pulmonar é a obstrução de uma artéria do pulmão (artéria pulmonar) pelo acúmulo de material sólido trazido através da corrente sanguínea (êmbolo), geralmente um coágulo de sangue ... leia mais )
Distúrbios da vesícula biliar Considerações gerais sobre distúrbios da vesícula biliar e dutos biliares O fígado produz a bile, um líquido amarelo esverdeado, espesso e pegajoso. A bile ajuda na digestão ao facilitar a absorção de colesterol, gorduras e vitaminas lipossolúveis no intestino. A... leia mais
(como cálculos biliares)
Incontinência urinária Incontinência urinária em adultos A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. A incontinência pode ocorrer em homens e mulheres em qualquer idade, mas é mais comum em mulheres e idosos, afetando cerca de 30% das... leia mais
: A ingestão de estrogênio aumenta o risco de apresentar incontinência e agrava a incontinência preexistente.
Para alguns distúrbios, é difícil determinar se o risco aumenta com o estrogênio isolado ou estrogênio com um progestogênio (terapia combinada).
Embora seguir uma terapia hormonal aumente o risco de todos os distúrbios acima, o risco ainda é baixo em mulheres saudáveis que seguiram uma terapia hormonal por pouco tempo ou logo após a perimenopausa. O risco da maioria desses distúrbios aumenta com a idade, principalmente 10 anos ou mais após a menopausa, independentemente de seguir ou não uma terapia hormonal. Em mulheres mais velhas, tomar estrogênio com um progestogênio também aumenta o risco de ter doença arterial coronariana.
Pensa-se que os riscos da terapia hormonal são menores quando se utilizam doses baixas de estrogênio. As apresentações de estrogênio para inserção na vagina (como cremes ou anéis com estrogênio ou comprimidos de estrogênio) normalmente possuem doses menores em relação aos comprimidos de uso oral.
O estrogênio administrado por meio de um adesivo na pele (por via transdérmica) parece ter um risco menor de causar coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e distúrbios da vesícula biliar (como cálculos biliares) que outras apresentações que são tomadas por via oral.
Em geral, a mulher com câncer de mama, doença arterial coronariana ou coágulos sanguíneos nas pernas, que já teve acidente vascular cerebral ou apresenta fatores de risco para esses distúrbios não deve tomar terapia de estrogênio.
A terapia hormonal combinada reduz o risco de:
Osteoporose
Câncer colorretal
Progestogênios: Benefícios e riscos
Os progestogênios têm alguns benefícios:
Câncer de endométrio: Tomar um progestogênio com estrogênio quase sempre elimina o risco de câncer de endométrio na mulher que ainda possui o útero.
Ondas de calor: Os progestogênios de alta dose podem aliviar as ondas de calor. Porém, eles não são tão eficazes quanto o estrogênio.
Os progestogênios podem aumentar o risco de:
Um aumento nos níveis de colesterol LDL (o colesterol ruim): Os progestogênios podem ter esse efeito. Contudo, a progesterona micronizada (uma forma de progesterona natural em vez de sintética) parece exercer um efeito menos negativo sobre os níveis de LDL que as progestinas sintéticas.
Coágulos sanguíneos nas pernas e nos pulmões.
O efeito de um progestogênio isolado no risco de outros distúrbios ainda é desconhecido.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais do estrogênio e dos progestogênios, principalmente em doses altas, podem incluir náuseas, dor na mama, dor de cabeça, retenção de líquidos e alterações de humor.
Apresentações da terapia hormonal
O estrogênio e/ou um progestogênio podem ser tomados de várias maneiras:
Comprimidos de estrogênio ou de um progestogênio tomados pela boca (por via oral)
Comprimidos, cremes, anéis ou supositórios de estrogênio inseridos na vagina (via vaginal)
Loções, sprays ou géis de estrogênio aplicados externamente sobre a pele (via tópica)
Adesivos cutâneos (por via transdérmica) de estrogênio ou de combinação de estrogênio e progestogênio
Na apresentação de comprimidos de uso oral, o estrogênio e um progestogênio podem ser tomados separadamente em dois comprimidos ou em um comprimido combinado. Normalmente, o estrogênio e um progestogênio são tomados todos os dias. Esse esquema pode causar sangramento vaginal irregular durante o primeiro ano ou nos anos seguintes de terapia (no entanto, se o sangramento continuar por mais de um ano, a mulher deve consultar o médico). Outra opção é tomar o estrogênio diariamente e tomar um progestogênio durante 12 a 14 dias por mês. A maioria das mulheres que segue esse esquema apresenta sangramento vaginal mensalmente nos dias após elas terem tomado progestogênio.
As apresentações vaginais do estrogênio são inseridas dentro da vagina. Essas apresentações farmacêuticas incluem
Um creme que é inserido com um aplicador plástico
Um comprimido que é inserido com um aplicador plástico
Um supositório que contém estrogênio
Há diversos produtos, com diferentes dosagens e tipos de estrogênio. Cremes e anéis podem conter doses altas ou baixas de estrogênio. A mulher também recebe um progestogênio para reduzir o risco de ter câncer de endométrio, caso uma alta dose de estrogênio seja administrada por via vaginal. Geralmente uma baixa dose é suficiente para tratar os sintomas vaginais.
A utilização de estrogênio aplicado por via vaginal para tratar os sintomas que afetam a vagina (por exemplo, a secura ou adelgaçamento vaginal) pode ser mais eficaz que a ingestão do estrogênio por via oral. Esse tratamento ajuda a evitar que as relações sexuais sejam dolorosas, diminui a urgência de urinar e reduz o risco de ter infecções da bexiga.
O estrogênio pode ser aplicado na pele na forma de loção, spray ou gel.
O estrogênio ou estrogênio mais um progestogênio também pode ser aplicado na pele na forma de adesivo transdérmico.
Moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs)
SERMs, como raloxifeno e tamoxifeno, funcionam como o estrogênio em alguns aspectos, mas revertem seus efeitos em outros. O raloxifeno é utilizado para tratar osteoporose e prevenir o câncer de mama. O tamoxifeno é utilizado para tratar o câncer de mama. O ospemifeno pode ser utilizado para aliviar a secura vaginal.
Quando a mulher toma um SERM, é possível que as ondas de calor piorem temporariamente.
O bazedoxifeno é um SERM que é administrado junto com estrogênio através de um comprimido combinado. Ele pode aliviar as ondas de calor e os sintomas de atrofia vaginal, reduz a dor nos seios, melhora o sono e previne a perda óssea. Assim como o estrogênio, este medicamento aumenta o risco de desenvolver coágulos sanguíneos nas pernas e nos pulmões, mas ele pode reduzir o risco de apresentar câncer de endométrio e ele tem menos efeitos sobre a mama.
Desidroepiandrosterona (DHEA)
A desidroepiandrosterona (DHEA) é um esteroide que é produzido nas glândulas adrenais e que é convertido em hormônios sexuais (estrogênios e androgênios). Ela está disponível em supositórios que são colocados na vagina. Aparentemente, a DHEA alivia a secura vaginal e outros sintomas da atrofia vaginal. Ela também é utilizada para reduzir a dor durante as relações sexuais devido à atrofia vaginal.