As causas do parto prematuro não estão bem definidas. Porém, certos quadros clínicos podem torná-lo mais provável:
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Partos prematuros anteriores
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Infecções genitais, incluindo algumas doenças sexualmente transmissíveis
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Infecções dos rins ou das membranas contendo o feto (infecção intra-amniótica)
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Fraqueza estrutural do colo do útero (insuficiência istmocervical)
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Anomalias na placenta, no útero ou no feto
Um estilo de vida saudável durante a gestação pode ajudar a reduzir o risco de trabalho de parto prematuro, da mesma forma que consultas regulares ao médico ou parteira, que podem identificar problemas em potencial precocemente.
Bebês que nascem prematuramente podem apresentar graves problemas de saúde, como sangramento no cérebro. Quando há sangramento cerebral, o cérebro pode não se desenvolver normalmente, causando problemas como a paralisia cerebral. Assim, o médico tenta prevenir ou interromper o trabalho de parto que tem início antes da 34ª semana de gestação. É difícil de interromper um trabalho de parto prematuro.
Diagnóstico
O diagnóstico do trabalho de parto prematuro costuma ser óbvio, com base nos sinais de que o trabalho de parto está iniciado e na duração da gestação.
Podem ser coletadas amostras do colo do útero, da vagina e do ânus para cultura. A análise dessas amostras pode sugerir uma infecção específica como sendo a causa do trabalho de parto prematuro.
Uma amostra de urina pode ser analisada e cultivada (colocada em condições que estimulem o crescimento de micro-organismos) para verificar se há infecção dos rins e bexiga.
Tratamento
Se ocorrer sangramento vaginal ou se as membranas ao redor do feto se romperem, o melhor é permitir a continuação do trabalho de parto.
Se não ocorrer sangramento vaginal e se as membranas não estiverem vazando líquido amniótico (o líquido que envolve o feto no útero), é aconselhável que a mulher repouse e limite suas atividades o máximo possível, preferencialmente para as sedentárias. A mulher recebe líquidos e pode receber medicamentos para desacelerar o trabalho de parto. Essas medidas muitas vezes podem adiar o trabalho de parto por um breve período.
Medicamentos para desacelerar o trabalho de parto incluem:
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Sulfato de magnésio: Este medicamento é frequentemente administrado por via intravenosa para interromper o trabalho de parto prematuro, especialmente se a gestação tiver menos de 32 semanas. O sulfato de magnésio também parece causar uma redução significativa do risco de sangramento no cérebro e dos problemas decorrentes no desenvolvimento do cérebro do recém-nascido, como a paralisia cerebral. No entanto, se a dose for alta demais, pode afetar as frequências cardíaca e respiratória da mulher.
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Bloqueadores dos canais de cálcio: Esses medicamentos costumam ser usados para tratar hipertensão arterial. Eles às vezes causam dores de cabeça e pressão arterial baixa na mulher.
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Inibidores da prostaglandina: Esses medicamentos podem reduzir a quantidade de líquido amniótico temporariamente. Eles não são usados depois da 32ª semana de gestação porque podem causar problemas cardíacos ao feto.
A mulher recebe antibióticos até que os resultados da cultura sejam recebidos. Se os resultados forem negativos, os antibióticos são interrompidos.
Se o colo do útero se abrir (dilatar) mais de cinco centímetros, o trabalho de parto costuma prosseguir até o nascimento do bebê.
Se o rompimento das membranas ocorrer antes da 34ª semana de gestação, são administrados corticosteroides para ajudar os pulmões do feto a amadurecerem. Os médicos também consideram a administração de corticoides, em caso de ruptura das membranas
O corticosteroide ajuda os pulmões e outros órgãos do feto a amadurecerem mais rapidamente. Ele também reduz o risco de que, após o nascimento, o bebê tenha dificuldade de respirar (síndrome de dificuldade respiratória neonatal) ou outros problemas relacionados à prematuridade.
Mulheres que tiveram um parto prematuro possivelmente receberão uma progestina em gestações futuras. Esse medicamento reduz o risco de outro parto prematuro. A progestina é iniciada durante o segundo trimestre e continua a ser administrada até pouco antes do parto.