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A maioria dos casos de câncer que afetam as trompas de Falópio se disseminou a partir de outras partes do corpo.
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Inicialmente, a mulher pode ter sintomas vagos, como desconforto abdominal ou inchaço, ou nenhum sintoma.
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Tomografia computadorizada é feita para verificar a existência de anomalias.
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Normalmente, o útero, os ovários, as trompas de Falópio, os linfonodos adjacentes e tecidos circundantes são removidos, seguido por quimioterapia
(consulte também Considerações gerais sobre câncer do sistema reprodutor feminino).
Nos Estados Unidos, menos de 1% dos casos de câncer ginecológico são câncer da trompa de Falópio. É raro o câncer que se origina nas trompas de Falópio. A maioria dos casos de câncer que afetam as trompas de Falópio se origina em outras partes do corpo.
Em geral, a mulher já está na pós-menopausa quando o câncer da trompa de Falópio é diagnosticado.
Os fatores de risco para o câncer da trompa de Falópio incluem:
Mais de 95% dos casos de câncer da trompa de Falópio são adenocarcinomas, o que significa que se desenvolvem a partir de células da glândula. Alguns são sarcomas, que se desenvolvem a partir do tecido conjuntivo.
O câncer da trompa de Falópio se dissemina quase do mesmo modo que o câncer de ovário:
Sintomas
Os sintomas do câncer das trompas de Falópio incluem leve desconforto abdominal, inchaço e dor na região pélvica ou abdominal. Algumas mulheres têm uma secreção vaginal líquida. Quando o câncer for avançado, é possível que a cavidade abdominal fique cheia de líquido (um quadro clínico denominado ascite) e a mulher pode sentir um nódulo grande (massa) na pelve.
Diagnóstico
O câncer da trompa de Falópio raramente é diagnosticado precocemente. Ocasionalmente, é diagnosticado cedo, quando um peso ou outra anomalia é detectado durante um exame pélvico de rotina ou um exame de diagnóstico por imagem feito por outro motivo. Geralmente, o câncer não é diagnosticado até que esteja num estágio avançado e evidente pela presença de uma massa grande ou ascite grave.
Uma tomografia computadorizada (TC) geralmente é realizada se houver suspeita de câncer da trompa de Falópio. Se os resultados sugerirem a existência de câncer, uma cirurgia é feita para confirmar o diagnóstico, determinar o grau da disseminação (estadiamento) e remover o máximo possível do câncer.
Estadiamento
O médico determina o estágio do câncer com base no grau de disseminação:
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Estágio I: O câncer ocorre apenas em uma ou em ambas as trompas de Falópio.
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Estágio II: O câncer se disseminou até os tecidos adjacentes, mas ainda está dentro da pelve (que contém os órgãos reprodutores internos, a bexiga e o reto).
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Estágio III: O câncer se disseminou para fora da pelve, chegando aos linfonodos e/ou aos órgãos abdominais (tais como a superfície do fígado).
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Estágio IV: O câncer se disseminou até órgãos distantes.
O estadiamento do câncer da trompa de Falópio exige a realização de cirurgia para coletar amostras para biópsia de áreas anômalas e remover e examinar os linfonodos próximos.
Prognóstico
O prognóstico para mulheres com câncer da trompa de Falópio é parecido com o prognóstico para mulheres com câncer de ovário. O prognóstico depende do estágio do câncer e da idade da mulher.
As porcentagens de mulheres que continuam vivas cinco anos após o diagnóstico e tratamento (a taxa de sobrevida de cinco anos) são
Tratamento
O tratamento do câncer da trompa de Falópio quase sempre consiste na remoção do útero (histerectomia) e na remoção dos ovários e das trompas de Falópio (salpingo-ooforectomia), dos linfonodos adjacentes e dos tecidos circundantes. Esses procedimentos costumam ser realizados quando a cirurgia para determinar o estágio do câncer é realizada. Às vezes, a cirurgia para determinar o estágio do câncer e para tratar o câncer das trompas de Falópio pode ser feito com um laparoscópio.
No caso de câncer mais avançado que tenha se disseminado até outras partes do corpo, o médico geralmente remove o máximo possível do câncer para prolongar a sobrevida. Esse tipo de cirurgia é denominado cirurgia citorredutora. Dependendo da região para onde o câncer tenha se disseminado, a mulher pode ser tratada com quimioterapia em vez de cirurgia ou antes dela.
Quimioterapia (da mesma maneira que no câncer de ovário) geralmente é necessária após a cirurgia. É possível que seja utilizada quimioterapia para destruir pequenas áreas de câncer que possam ter permanecido. Os medicamentos quimioterápicos utilizados com mais frequência são carboplatina mais paclitaxel. Radioterapia raramente é útil.
No caso de câncer que se disseminou até outras partes do corpo, a remoção de o máximo possível do câncer melhora o prognóstico.