Em algumas ocasiões, é necessário recorrer a procedimentos diagnósticos para confirmar o diagnóstico sugerido pelo histórico clínico Histórico clínico em distúrbios neurológicos Antes de fazer um exame físico, o médico entrevista o indivíduo. Os médicos pedem à pessoa que descreva os sintomas atuais, incluindo aqueles relacionados ao sistema nervoso ( sintomas neurológicos... leia mais e pelo exame neurológico Exame neurológico Quando houver a suspeita de um transtorno neurológico, o médico avalia por exame físico todos os sistemas do organismo, concentrando-se no sistema nervoso. A avaliação do sistema nervoso — o... leia mais .
Eletroencefalografia
A eletroencefalografia (EEG) é um procedimento simples e indolor, no qual a atividade elétrica do cérebro é registrada como padrões de ondas, impresso em papel e/ou registrado em um computador. EEG pode ajudar a identificar o seguinte:
Certos distúrbios metabólicos ou estruturais do cérebro
Por exemplo, o EEG pode ajudar a identificar onde se origina uma convulsão e mostrar alterações na atividade elétrica associadas a confusão, que pode ser resultado de doenças como insuficiência hepática (encefalopatia hepática Encefalopatia hepática A encefalopatia hepática é a deterioração da função cerebral que ocorre em pessoas com doença hepática grave, porque substâncias tóxicas normalmente eliminadas pelo fígado se acumulam no sangue... leia mais ) ou alguns medicamentos.
Nesse procedimento, o examinador coloca pequenos sensores (eletrodos) adesivos no couro cabeludo da pessoa que vai ser examinada. Os eletrodos são ligados por cabos a uma máquina, que reproduz um registro (traçado) das pequenas variações de voltagem que cada eletrodo detecta. Esses traçados constituem um eletroencefalograma (EEG).
Se houver suspeita de um transtorno convulsivo, mas o EEG inicial for normal, outro EEG é obtido usando uma tática que torna a atividade convulsiva mais provável. Por exemplo, o indivíduo pode ser privado do sono, pode ser solicitado que respire de forma profunda e rápida (hiperventilar) ou ser exposto a uma luz pulsátil (estroboscópio).
Às vezes, por exemplo, quando um comportamento que se assemelha a uma convulsão não pode ser diferenciado de um transtorno psiquiátrico, a atividade elétrica cerebral é registrada durante 24 horas ou mais, enquanto a pessoa é observada no hospital com uma câmera de vídeo. Esse procedimento é chamado EEG de vídeo. A câmera detecta o comportamento semelhante a uma convulsão e, examinando o EEG daquele momento, os médicos podem determinar se a atividade cerebral indica uma convulsão ou se está normal, sugerindo um transtorno psiquiátrico.
Registrando atividades cerebrais
Um eletroencefalograma (EEG) é uma gravação da atividade elétrica cerebral. O procedimento é simples e indolor. Colocam-se cerca de 20 pequenos eletrodos adesivos no couro cabeludo e registra-se a atividade cerebral em condições normais. Algumas vezes, expõe-se a pessoa a diversos estímulos, como luzes fortes ou pulsáteis, com o objetivo de tentar desencadear uma convulsão. | ![]() |
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Eletromiografia e estudos de condução nervosa
A eletromiografia e estudos de condução nervosa ajudam os médicos a determinar se a fraqueza muscular, perda sensorial ou ambos resultam de lesão aos seguintes:
Raiz nervosa espinhal Considerações gerais sobre doenças da medula espinhal Os distúrbios da medula espinhal podem causar problemas graves permanentes, como paralisia ou perda de controle da bexiga e do intestino ( incontinência urinária e incontinência fecal). Às vezes... leia mais (por exemplo, por ruptura de disco da coluna Hérnia de disco Uma hérnia de disco ocorre quando o revestimento resistente de um disco na coluna sofre laceração ou se rompe. O interior macio e gelatinoso pode, então, criar uma protuberância para fora (hérnia)... leia mais
na altura do pescoço ou da região lombar)
Nervo periférico Considerações gerais sobre o sistema nervoso periférico O sistema nervoso periférico se refere às partes do sistema nervoso que estão fora do sistema nervoso central, isto é, fora do cérebro e da medula espinhal. Por isso, o sistema nervoso periférico... leia mais (por exemplo, devido a síndrome do túnel do carpo Síndrome do túnel do carpo A síndrome do túnel do carpo é a compressão dolorosa (pinçamento) do nervo mediano, quando este passa pelo túnel do carpo no pulso. Na maioria dos casos de síndrome do túnel do carpo a causa... leia mais
ou neuropatia diabética)
Conexões entre nervo e músculo (junção neuromuscular Considerações gerais sobre as doenças de junções neuromusculares Os nervos ligam-se aos músculos na junção neuromuscular. Aqui, as terminações das fibras nervosas ligam-se a regiões especiais, localizadas na membrana do músculo, denominadas placas motoras... leia mais ), por exemplo, devido a miastenia grave Miastenia grave A miastenia grave é uma doença autoimune em que a comunicação entre os nervos e os músculos é afetada, produzindo episódios de fraqueza muscular. A miastenia grave é causada por disfunção do... leia mais , botulismo Botulismo O botulismo é uma intoxicação pouco frequente, potencialmente mortal, causada pelas toxinas produzidas pela bactéria anaeróbia Clostridium botulinum. As toxinas botulínicas, geralmente... leia mais ou difteria Difteria A difteria é uma infecção contagiosa, às vezes fatal, do trato respiratório superior causada pela bactéria Gram-positiva em forma de bastonete (veja a figura Como as bactérias tomam forma) Corynebacterium... leia mais
Músculo (por exemplo, devido a polimiosite)

Eletromiografia
A eletromiografia (EMG) é um procedimento no qual se insere uma pequena agulha num músculo, para registrar a sua atividade elétrica, tanto em repouso como durante a contração muscular. Em geral, o músculo em repouso não gera atividade elétrica. Uma contração leve produz certa atividade elétrica, que aumenta com aumento da contração.
O registro produzido pela EMG é chamado de eletromiograma. Ele é anormal se a fraqueza muscular resultar de um problema na raiz nervosa espinhal, no nervo periférico, músculo ou na junção neuromuscular. Cada tipo de problema produz um padrão distinto de anormalidades, que pode ser identificado com base nos sintomas do indivíduo e nos resultados do exame e da eletromiografia.
Diferente da TC ou EEG, que podem ser feitos rotineiramente por técnicos, a EMG exige o conhecimento de um neurologista, que escolhe os nervos e músculos apropriados para o teste e interpreta os resultados.
Estudos da condução nervosa
Os estudos de condução nervosa medem a velocidade com que os impulsos são conduzidos pelos nervos motores e sensitivos. Uma corrente elétrica pequena estimula um impulso em todo o nervo sendo testado. A descarga elétrica é liberada através de vários eletrodos, colocados na superfície da pele, ou com agulhas inseridas ao longo do trajeto do nervo em questão. O impulso é transmitido ao longo do nervo, chegando até o músculo e provocando a sua contração. Por meio da medição do tempo que o impulso demora a alcançar o músculo e a distância entre o eletrodo ou a agulha e o músculo, o médico pode calcular a velocidade do impulso. O nervo pode ser estimulado uma única vez ou diversas vezes para determinar o funcionamento da junção neuromuscular.
Os resultados são anormais somente se o sintoma resultar de um problema em um nervo ou uma junção neuromuscular. Por exemplo,
Se a condução nervosa for lenta, a causa pode ser uma desordem que afeta um nervo, como a síndrome do túnel do carpo Síndrome do túnel do carpo A síndrome do túnel do carpo é a compressão dolorosa (pinçamento) do nervo mediano, quando este passa pelo túnel do carpo no pulso. Na maioria dos casos de síndrome do túnel do carpo a causa... leia mais
(uma compressão dolorosa de um nervo no punho). A causa também pode ser uma doença que afeta os nervos por todo o corpo (polineuropatia Polineuropatia A polineuropatia é a disfunção simultânea de vários nervos periféricos por todo o organismo. Infecções, toxinas, medicamentos, câncer, deficiências nutricionais, diabetes, doenças autoimunes... leia mais ), como quando o diabetes Lesão nervosa no diabetes A pessoa com diabetes mellitus pode apresentar várias complicações de longo prazo que afetam muitas áreas do corpo, sobretudo os vasos sanguíneos, os nervos, os olhos e os rins. (consulte também... leia mais
acaba por comprometer os nervos por todo o corpo, começando com os nervos nos pés.
Se a resposta do músculo for progressivamente mais fraca após estimulação repetida, um problema com a junção neuromuscular Considerações gerais sobre as doenças de junções neuromusculares Os nervos ligam-se aos músculos na junção neuromuscular. Aqui, as terminações das fibras nervosas ligam-se a regiões especiais, localizadas na membrana do músculo, denominadas placas motoras... leia mais pode ser a causa (como ocorre na miastenia grave Miastenia grave A miastenia grave é uma doença autoimune em que a comunicação entre os nervos e os músculos é afetada, produzindo episódios de fraqueza muscular. A miastenia grave é causada por disfunção do... leia mais ).
Contudo, a velocidade da condução nervosa pode ser normal se os nervos afetados forem pequenos e não tiverem bainha de mielina (a camada externa de tecidos que ajuda a conduzir impulsos nervosos mais rapidamente). A velocidade também é normal se o distúrbio envolver somente o cérebro, a medula espinhal, as raízes nervosas espinhais ou o músculo. Essas doenças não afetam a velocidade da condução nervosa.
Potenciais evocados
Para este teste, os médicos utilizam os estímulos visuais, sonoros e táteis para ativar áreas específicas do cérebro, ou seja, evocar respostas. O EEG é usado para detectar os potenciais evocados pelos estímulos. Com base nas respostas, os médicos podem verificar como essas áreas do cérebro estão funcionando. Por exemplo, com uma luz pulsátil estimula a retina, o nervo óptico e a via de acesso à parte posterior do cérebro, onde se percebe e interpreta a visão.
Esse procedimento é especialmente útil para testar o funcionamento dos sentidos em bebês e crianças. Num bebê, por exemplo, o médico pode testar a audição verificando a resposta a um som produzido perto de cada ouvido.
Os potenciais evocados também são úteis para identificar os efeitos da esclerose múltipla Esclerose Múltipla (EM) Na esclerose múltipla, são danificadas ou destruídas as zonas de mielina (a substância que cobre a maioria das fibras nervosas) e as fibras nervosas subjacentes no cérebro, nervos ópticos e... leia mais e de outras doenças em áreas do nervo óptico, do tronco cerebral e da medula espinhal. Esses efeitos podem ser detectados, ou não, pela RM.
Os potenciais evocados também podem ajudar a prever o prognóstico para indivíduos em coma. Se os estímulos não evocam a atividade cerebral típica, o prognóstico provavelmente será desfavorável.
Exames de diagnóstico por imagem
Os exames de imagem comumente usados para diagnosticar doenças do sistema nervoso (neurológico) incluem os seguintes:
Mielografia
Na mielografia, radiografias da medula espinhal são obtidas após injeção de contraste radiopaco no espaço subaracnóideo na punção lombar. A mielografia foi praticamente substituída pela RM, que geralmente produz imagens mais detalhadas, é mais simples de fazer e também mais segura.
A mielografia com tomografia computadorizada (TC) é usada quando os médicos precisam de mais detalhes da medula espinhal e do osso circundante do que aqueles obtidos com a RM. A mielografia com TC também é usada quando a RM não está disponível ou não pode ser feita com segurança (por exemplo, quando o indivíduo usa um marca-passo).

Punção lombar
O líquido cefalorraquidiano flui por um canal (espaço subaracnóideo) entre as camadas de tecido (meninges) que revestem o cérebro e a medula espinhal. Esse líquido, que cerca o cérebro e a medula espinhal, ajuda a amortecê-los contra choques súbitos e lesões menores.
Na punção lombar, retira-se uma amostra do líquido cefalorraquidiano com uma agulha e envia-se ao laboratório para análise.
O exame do líquido cefalorraquidiano serve para detectar infecções, tumores e hemorragias no cérebro e na medula espinhal. Essas doenças podem alterar o aspecto e o conteúdo do líquido cefalorraquidiano que, em geral, é claro e incolor e contém glóbulos brancos e vermelhos. Por exemplo, os seguintes achados sugerem certas doenças:
Um aumento na contagem de glóbulos brancos no líquido cefalorraquidiano sugere infecção ou inflamação do cérebro e da medula espinhal.
O líquido turvo, devido à presença de glóbulos brancos em excesso, sugere meningite Introdução à meningite A meningite é uma inflamação das camadas do tecido que cobrem o cérebro e a medula espinhal (meninges) e do espaço preenchido por líquido entre as meninges (espaço subaracnóideo). A meningite... leia mais (infecção e inflamação dos tecidos que revestem o cérebro e a medula espinhal) ou às vezes encefalite Encefalite A encefalite é a inflamação do cérebro que ocorre quando um vírus infecta diretamente o cérebro ou quando um vírus, uma vacina ou outra coisa ativa a inflamação. A medula espinhal também pode... leia mais (infecção e inflamação do cérebro).
Níveis elevados de proteína no líquido podem ser resultado de alguma lesão no cérebro, na medula espinhal ou em uma raiz nervosa espinhal (parte de um nervo espinhal próximo à medula espinhal).
A descoberta de anticorpos anômalos no líquido sugere esclerose múltipla Esclerose Múltipla (EM) Na esclerose múltipla, são danificadas ou destruídas as zonas de mielina (a substância que cobre a maioria das fibras nervosas) e as fibras nervosas subjacentes no cérebro, nervos ópticos e... leia mais ou uma infecção.
Níveis baixos de açúcar (glicose) indicam meningite ou câncer.
Sangue no líquido é um indício de uma hemorragia encefálica Considerações gerais sobre o acidente vascular cerebral hemorrágico Acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos incluem sangramento no cérebro (hemorragia intracerebral) e sangramento entre as camadas interiores e exteriores do tecido que cobre o cérebro (hemorragia... leia mais – por exemplo, quando uma dilatação em uma artéria enfraquecida no cérebro (aneurisma) estoura (rompe).
Várias doenças podem aumentar a pressão do líquido, incluindo tumores cerebrais Considerações gerais sobre tumores cerebrais Um tumor do cérebro pode ser um crescimento no cérebro não canceroso (benigno) ou canceroso (maligno). Ele pode ter origem no cérebro ou ter se espalhado (metástase) para o cérebro a partir... leia mais e meningite.
Os médicos não fazem punção lombar quando a pressão dentro do crânio aumenta, por exemplo, quando há uma massa (como um tumor ou abscesso) no cérebro. Nesses casos, uma punção lombar pode reduzir subitamente a pressão abaixo do cérebro. Como resultado, o cérebro pode mover-se e ser pressionado por uma das pequenas aberturas nos tecidos relativamente rígidos que separam o cérebro em compartimentos (chamado herniação Herniação: O cérebro sob pressão ). A herniação pressiona o cérebro e pode ser fatal. O histórico clínico e um exame neurológico ajudam os médicos a determinar se a herniação é um risco. Por exemplo, o médico pode observar com um oftalmoscópio Oftalmoscopia Uma pessoa com sintomas nos olhos deve ser examinada por um médico. No entanto, algumas doenças oculares causam poucos ou nenhum sintoma nos estágios iniciais, por isso os olhos devem ser examinados... leia mais o nervo óptico, que está abaulado quando a pressão dentro do crânio aumenta. Outra precaução antes de uma punção lombar é a TC ou RM da cabeça para verificar se há alguma massa.
Como a punção lombar é feita
O líquido cefalorraquidiano flui por um canal (espaço subaracnóideo) entre as camadas de tecido (meninges) média e interna que revestem o cérebro e a medula espinhal. Para coletar uma amostra desse líquido, o médico insere uma agulha pequena e oca entre dois ossos (vértebras) na parte inferior da coluna vertebral, geralmente entre a 3ª e a 4ª ou a 4ª e a 5ª vértebras lombares, abaixo do ponto em que a medula espinhal termina e, então, entra no espaço subaracnóideo – o espaço entre as camadas de tecido (meninges) que cobrem a medula espinhal (e o cérebro). Em geral, o indivíduo deita-se de lado, com os joelhos dobrados tocando o peito. Essa posição amplia o espaço entre as vértebras, e com isso o médico consegue evitar tocar nos ossos ao inserir a agulha. O líquido cefalorraquidiano, então, pinga, gota a gota, em tubos de ensaio e as amostras são enviadas para um laboratório, para análise. ![]() |
Na punção lombar, o indivíduo geralmente deita-se de lado em uma cama e dobra os joelhos até tocar o peito. Para insensibilizar a zona da punção, utiliza-se um anestésico local. Em seguida, é inserida uma agulha entre duas vértebras, na parte inferior da coluna vertebral, onde termina a medula espinhal.

Durante a punção lombar, o médico pode verificar a pressão dentro do crânio. A pressão pode ser maior do que o normal em pessoas com hipertensão intracraniana idiopática Hipertensão intracraniana idiopática A hipertensão intracraniana idiopática é caracterizada pelo aumento da pressão dentro do crânio (pressão intracraniana). Ainda não foi determinado o que desencadeia o problema. As pessoas têm... leia mais e algumas outras desordens do cérebro e das estruturas circundantes. A pressão é verificada fixando-se um manômetro à agulha utilizada para a punção lombar, verificando a pressão do líquido cefalorraquidiano nesse manômetro.
Uma punção lombar pode ser realizada por outras razões:
Para reduzir a pressão dentro do crânio (pressão intracraniana) em pessoas com hipertensão intracraniana idiopática Hipertensão intracraniana idiopática A hipertensão intracraniana idiopática é caracterizada pelo aumento da pressão dentro do crânio (pressão intracraniana). Ainda não foi determinado o que desencadeia o problema. As pessoas têm... leia mais
Para administrar um agente de contraste radiopaco antes da mielografia Mielografia Em algumas ocasiões, é necessário recorrer a procedimentos diagnósticos para confirmar o diagnóstico sugerido pelo histórico clínico e pelo exame neurológico. A eletroencefalografia (EEG) é... leia mais
Para administrar medicamentos quando se necessita que tenham atuação rápida ou que atuem em uma área específica do cérebro, medula espinhal ou meninges – por exemplo, para tratar infecções ou câncer afetando essas estruturas.
A punção lombar geralmente leva até 15 minutos.
Depois de uma punção lombar, uma em cada dez pessoas sofre de cefaleia ao se levantar (denominada cefaleia de baixa pressão Cefaleia de baixa pressão Cefaleias de baixa pressão resultam quando o líquido cefalorraquidiano é retirado durante uma punção lombar ou se ele vaza por causa de um cisto ou rasgamento de uma das camadas dos tecidos... leia mais ). A cefaleia costuma desaparecer após alguns dias ou semanas. Contudo, se a cefaleia ainda estiver incômoda após alguns dias, os médicos podem injetar uma pequena quantidade de sangue da pessoa na área ao redor de onde a punção lombar foi realizada. Este procedimento, chamado de tampão sanguíneo, reduz a fuga de LCR e pode aliviar a cefaleia. Outros problemas são muito raros.
Outros exames para diagnóstico de doenças do encéfalo, da medula espinhal e do nervo
Biópsia
Músculo e nervo
Ocasionalmente, os médicos não conseguem definir a causa da lesão nervosa ou fraqueza muscular com base somente nos resultados de exames de sangue, exames de diagnóstico por imagem, eletromiografia (EMG) ou estudos de condução nervosa. Nesses casos, os médicos encaminham o indivíduo a um especialista, que pode coletar uma pequena amostra do tecido muscular, e algumas vezes um nervo para examiná-los em um microscópio (biópsia). A amostra é coletada de uma área do corpo onde ocorrem os sintomas. É aplicado corante à amostra para ajudar os médicos a identificarem o padrão do músculo ou lesão nervosa e para determinar se glóbulos brancos estão presentes, indicando inflamação.
Pele
Muitas vezes, o exame do nervo sensitivo e EMG não detectam danos nos nervos que sentem dor ou que regulam automaticamente os processos corporais (chamados de nervos autônomos Distúrbios do sistema nervoso autônomo ). Os médicos podem suspeitar de tal lesão se o indivíduo apresentar menos sensibilidade à dor, uma dor de queimadura nos pés, sentir-se tonto ou apresentar tontura quando se levanta, ou se suar muito ou pouco. Para verificar se há esse dano, os médicos podem usar um equipamento cortante, pequeno e arredondado para coletar uma amostra de pele (biopsia da pele) e enviá-la a um laboratório para exame em microscópio.
Se as terminações nervosas na amostra de pele tiverem sido destruídas, a causa pode ser um distúrbio (como vasculite Considerações gerais sobre a vasculite Os distúrbios vasculíticos são causados pela inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite). A vasculite pode ser desencadeada por certos tipos de infecções, por medicamentos, ou pode ocorrer... leia mais ) que afeta pequenas fibras nervosas, incluindo fibras nervosas de “identificação” de dor e autônomas.
Ecoencefalografia
A ecoencefalografia utiliza ultrassonografia para a reprodução de uma imagem do cérebro. Trata-se de um exame simples, indolor e relativamente barato, que se utiliza, sobretudo, em crianças com até 2 anos de idade, porque o seu crânio fino permite a passagem de ondas ultrassônicas. Pode ser realizada rapidamente na cama do paciente para detectar hidrocefalia Hidrocefalia A hidrocefalia é um acúmulo de líquido excedente nos espaços normais dentro do cérebro (ventrículos) e/ou entre as camadas de tecido interna e média que recobrem o cérebro (o espaço subaracnóideo)... leia mais (anteriormente chamado de líquido no cérebro) ou hemorragias.
A TC e a RM substituíram a ecoencefalografia em crianças mais velhas e adultos, já que as duas primeiras reproduzem imagens mais claras neste grupo de idade.
Exames genéticos
Anormalidades genéticas causam muitos transtornos neurológicos — especialmente distúrbios do movimento Considerações gerais sobre doenças do movimento Cada movimento do corpo, desde levantar a mão até sorrir, implica em uma interação complexa entre o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), os nervos e os músculos. Uma lesão ou... leia mais , incluindo os que causam tremor ou problemas ao caminhar. Os testes genéticos podem, às vezes, ajudar os médicos a diagnosticar certos distúrbios dos nervos e músculos.
Quando o teste genético for recomendado, o indivíduo é encaminhado a um consultor genético. Se não houver o encaminhamento, o indivíduo pode pedir uma consulta com um profissional.