Há inúmeras doenças das disfunções metabólicas de fenilalanina e tirosina (ver tabela Distúrbio do metabolismo de fenilalanina e tirosina ). Ver também Abordagem ao paciente com suspeita de distúrbio metabólico hereditário Abordagem ao paciente com suspeita de disfunção metabólica hereditária A maioria dos distúrbios metabólicos hereditários (erros inatos de metabolismo) é rara e, portanto, seu diagnóstico exige alto grau de suspeita. O diagnóstico feito em momento oportuno permite... leia mais e testes para distúrbios metabólicos hereditários suspeitos Exames iniciais A maioria dos distúrbios metabólicos hereditários (erros inatos de metabolismo) é rara e, portanto, seu diagnóstico exige alto grau de suspeita. O diagnóstico feito em momento oportuno permite... leia mais .
Tirosinemia transitória do recém-nascido
Imaturidade transitória das enzimas metabólicas, particularmente a dioxigenase ácido 4-hidroxifenilpirúvico, às vezes leva a níveis plasmáticos elevados de tirosina (geralmente em prematuros, particularmente aqueles que receberam dietas ricas em proteína); metabólitos podem aparecer no rastreamento neonatal Exames de triagem para recém-nascidos As recomendações de rastreamento para recém-nascidos variam de acordo com o contexto clínico e as exigências de sua condição. Indica-se a tipagem sanguínea quando a mãe é tipo O ou Rh-negativo... leia mais de rotina para fenilcetonúria Fenilcetonúria (PKU) A fenilcetonúria é um distúrbio do metabolismo de aminoácidos que causa uma síndrome clínica de deficiência intelectual com alterações cognitivas e comportamentais provocadas pela elevação na... leia mais (PKU).
A maioria dos lactentes é assintomática, mas alguns demonstram letargia e dificuldade alimentar.
Os níveis elevados de tirosina no plasma diferenciam a tirosinemia da fenilcetonúria.
A maioria dos casos se resolve espontaneamente. Os pacientes sintomáticos devem receber dieta com restrição de tirosina (2 g/kg/dia) e 200 a 400 mg por via oral de vitamina C uma vez ao dia.
Tirosinemia tipo I
Essa doença é autossômica recessiva Autossômico recessivo As doenças genéticas determinadas por um único gene (doenças mendelianas) são as de análise mais fácil e as mais completamente compreendidas. Se a expressão de um traço requer apenas uma cópia... leia mais causada pela deficiência da fumarilacetoacetato hidroxilase, uma importante enzima para o metabolismo da tirosina.
A doença pode manifestar-se como uma insuficiência hepática de forma fulminante no período neonatal; ou, nos lactentes maiores e nas crianças, como uma hepatite indolente sub-clínica, neuropatia periférica dolorosa, disfunção tubular renal (p. ex., acidose metabólica “ânion gap” normal Acidose com hiato aniônico normal Acidose metabólica é a redução primária no bicarbonato (HCO3−), tipicamente com diminuição compensatória da pressão parcial de dióxido de carbono (Pco2); o pH pode estar acentuadamente... leia mais , hipofosfatemia Hipofosfatemia A hipofosfatemia caracteriza-se por concentração plasmática de fosfato < 2,5 mg/dL (0,81 mmol/L). As causas são alcoolismo, queimaduras, inanição e uso de diuréticos. As características clínicas... leia mais e raquitismo resistente a vitamina D Raquitismo hipofosfatêmico É uma doença genética caracterizada por hipofosfatemia, deficiente absorção intestinal de cálcio e raquitismo ou osteomalacia que não responde à vitamina D. É geralmente hereditária. Os sintomas... leia mais ). Os que sobrevivem em prazo prolongado têm alto risco de desenvolver carcinoma hepático.
Sugere-se o diagnóstico da tirosinemia tipo I é pelos níveis plasmáticos elevados de tirosina; é confirmado por exames genéticos ou altos níveis plasmáticos ou urinários de succinilacetona, bem como pela baixa atividade do fumaril acetoacetato hidroxilase nas células do sangue ou em amostras da biópsia hepática. O tratamento com nitisinona (NTBC) é eficaz nos episódios agudos e retarda a progressão.
Uma dieta pobre em fenilalanina e tirosina é recomendada. O transplante de fígado é eficaz.
Tirosinemia tipo II
É uma disfunção rara, autossômica recessiva Autossômico recessivo As doenças genéticas determinadas por um único gene (doenças mendelianas) são as de análise mais fácil e as mais completamente compreendidas. Se a expressão de um traço requer apenas uma cópia... leia mais , causada por deficiência de tirosina aminotransferase.
O acúmulo de tirosina causa ulceração cutânea e córnea. A elevação secundária de fenilalanina, embora leve, pode, se não for tratada, causar anormalidades neuropsiquiátricas.
O diagnóstico da tirosinemia tipo II é feito por elevação da tirosina no plasma, ausência de succinilacetona no plasma ou na urina e exames genéticos; medição da menor atividade enzimática na biópsia hepática geralmente não é necessária.
Esta doença é facilmente tratada com restrição leve ou moderada de fenilalanina e tirosina na dieta.
Alcaptonúria
Essa doença autossômica recessiva Autossômico recessivo As doenças genéticas determinadas por um único gene (doenças mendelianas) são as de análise mais fácil e as mais completamente compreendidas. Se a expressão de um traço requer apenas uma cópia... leia mais rara é causada por deficiência de ácido homogentísico oxidase; produtos da oxidação do ácido homogentísico se acumulam e escurecem a pele, e cristais se precipitam nas articulações.
Geralmente é diagnosticado nos adultos, deixa a pele com uma pigmentação escura (ocronose) e causa artrite. A urina escurece quando exposta ao ar, devido à presença de produtos de oxidação do ácido homogentísico. O diagnóstico da alcaptonúria é fornecido pelos elevados níveis urinários do ácido homogentísico (> 4 a 8 g/24 horas).
Não existe tratamento eficiente para alcaptonúria, mas o ácido ascórbico na dose de 1 g por via oral uma vez ao dia, aumentando a excreção urinária do ácido homogentísico, pode diminuir a deposição do pigmento.
Albinismo oculocutâneo Albinismo Albinismo oculocutâneo é um defeito hereditário na formação de melanina que provoca hipopigmentação difusa da pele, cabelo e olhos. O albinismo ocular afeta os olhos e, geralmente, não afeta... leia mais
A deficiência de tirosinase causa ausência de pigmentação da pele e retina, levando a um alto risco de câncer de pele e perda da visão. O nistagmo está presente com frequência e a fotofobia é comum.
Informações adicionais
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