Gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS)

PorJames R. Berenson, MD, Institute for Myeloma and Bone Cancer Research
Revisado/Corrigido: jun 2023
Visão Educação para o paciente

    A gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS, monoclonal sgammopathy of undetermined significance) é a produção de M-proteína pelos plasmócitos não neoplásicos na ausência de outras manifestações típicas do mieloma múltiplo.

    (Ver também Visão geral dos doenças plasmocitárias.)

    A incidência da gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) aumenta com a idade, de 1% das pessoas com 25 anos a > 5% das pessoas > 70 anos. A MGUS pode ocorrer em associação com outras doenças (ver tabela Classificação das doenças plasmocitárias), casos em que as proteínas M (proteína imunoglobulina monoclonal, que podem consistir tanto em cadeias pesadas como leves ou de uma única cadeia) podem ser anticorpos produzidos em grandes quantidades em resposta ao estímulo antigênico prolongado.

    MGUS é geralmente assintomática, mas pode ocorrer neuropatia periférica, e os pacientes têm maior risco de perdas e fraturas ósseas mais intensas. Embora a maioria dos casos seja benigna, até 25% (1%/ano) progridem para neoplasia de células B ou mieloma, como macroglobulinemia, amiloidose, ou linfoma.

    Normalmente, suspeita-se do diagnóstico a MGUS quando a proteína M no sangue ou na urina é detectada incidentalmente durante exame de rotina. Na avaliação laboratorial, a M-proteína está presente em níveis mais baixos no soro (< 3 g/dL [< 30 g/L]) ou urina (< 200 mg/24 horas) do que entre os pacientes com mieloma múltiplo. MGUS é diferenciada das doenças plasmocitárias malignas porque os níveis de proteína M são mais baixos e não há lesões ósseas líticas, anemia ou disfunção renal. Por causa do risco de fraturas, a avaliação inicial com um exame do esqueleto (isto é, radiografia simples do crânio, ossos longos, coluna vertebral, pelve e arcos costais) e a densitometria óssea por DXA devem ser feitas. A medula óssea mostra apenas plasmacitose leve (< 10% de células nucleadas).

    Nenhum tratamento antineoplásico é recomendado. Contudo, pacientes com MGUS e perda óssea associada (osteopenia ou osteoporose) podem se beneficiar do tratamento com bisfosfonatos intravenosos, mas com menor frequência do que os tratamentos mensais geralmente necessários para tratar os pacientes com mieloma múltiplo.

    A cada 6 a 12 meses, os pacientes devem passar por um exame clínico e eletroforese de proteínas no sangue e na urina para avaliar a evolução da doença.

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