Tinea crural é uma dermatofitose que geralmente é causada pelo Trichophyton rubrum ou T. mentagrophytes. Os fatores ambientais associados à umidade (clima quente, roupas quentes e apertadas, obesidade causando atrito entre as dobras da pele) são os fatores de risco primários. Os homens são mais acometidos que as mulheres pelo contato do escroto com a virilha.
Tipicamente, lesões arciformes pruriginosas estendem-se da dobra crural até a região da face interna da coxa. A infecção pode ser bilateral. As lesões se modificam por maceração, miliária, infecção bacteriana ou candidíase secundárias e reações ao tratamento. Além disso, dermatite pruriginosa e liquenificação podem ocorrer. A recidiva é frequente porque os fungos podem infectar repetidas vezes os indivíduos suscetíveis ou pessoas com onicomicose ou tinha do pé, que podem servir com depósito de dermatófitos. As erupções são mais constatadas durante o verão.
Diagnóstico
Diagnóstico diferencial da Tinea capitis:
O escroto normalmente não é afetado, ou ocorre leve envolvimento; em contrapartida, no intertrigo por cândida ou líquen simples crônico, o escroto está geralmente inflamado. Se a aparência não é diagnóstica, exame micológico com hidróxido de potássio é útil.
Tratamento
A escolha inclui terbinafina, miconazol, clotrimazol, cetoconazol, econazol, naftifina e (raramente) ciclopirox, aplicados bid, por 10 a 14 dias.
Em casos refratários, inflamatórios ou muito extensos, introduz-se itraconazol 200 mg VO, 1 vez/dia, ou terbinafina, 250 mg VO, 1 vez/dia, por 3 a 6 semanas.