Muitas crianças e adolescentes ocasionalmente se envolvem em confrontos físicos com outras pessoas, mas a maioria das crianças e adolescentes não continua a apresentar um comportamento violento nem pratica crimes violentos. Contudo, as crianças que se tornam violentas antes da puberdade correm um risco maior de cometer crimes.
Há pouca evidência que sugere que o comportamento violento é causado por defeitos genéticos ou anomalias cromossômicas. Os fatores de risco conhecidos para violência incluem:
Parece haver uma relação entre violência e acesso a armas de fogo, exposição à violência na mídia (como mídia social e plataformas de notícias) e exposição a abuso infantil e violência doméstica.
Videogames violentos podem tornar a criança insensível à violência. Embora os especialistas não acreditem que eles possam de fato fazer com que as crianças se tornem violentas, as crianças expostas a eles estão mais acostumadas com o fato de que a violência faz parte da vida.
(Consulte também Considerações gerais sobre problemas comportamentais em crianças e Problemas de comportamento em adolescentes.)
Envolvimento com gangues
A participação em gangues de jovens já foi vinculada ao comportamento violento, frequentemente envolvendo armas de fogo. Os integrantes geralmente têm entre 13 e 24 anos de idade. As gangues em geral adotam um nome e símbolos identificadores, tais como um estilo de vestuário específico, o uso de certos sinais manuais, tatuagens ou pichações. Algumas gangues exigem que os possíveis membros realizem atos de violência aleatórios antes de a participação ser autorizada. A violência crescente de gangues foi responsabilizada pelo menos em parte no envolvimento das gangues na distribuição e no uso de drogas, especialmente metanfetaminas e heroína.
Bullying
O bullying é quando se inflige intencionalmente danos psicológicos ou físicos a crianças com menos poder. Até trinta por cento das crianças podem estar envolvidas em bullying, seja no papel da pessoa que pratica o bullying, a vítima, ou ambos.
O bullying pode ser praticado de diversas formas, incluindo
Com frequência, as vítimas não contam para ninguém que estão sofrendo bullying porque se sentem constrangidas, porque acham que nada pode ser feito ou porque têm medo de retaliação por parte da pessoa que está praticando o bullying. As crianças que sofrem bullying podem atingir um ponto de ruptura, ocasião em que elas revidam com resultados potencialmente perigosos ou catastróficos.
Tanto as pessoas que praticam o bullying como suas vítimas correm o risco de chegarem a um resultado ruim. As vítimas correm o risco de sofrer danos físicos, baixa autoestima, ansiedade depressão e absenteísmo escolar. Em muitos casos, as próprias vítimas de bullying acabam se tornando praticantes do bullying. As pessoas que praticam o bullying correm um risco maior de cumprirem pena de prisão quando são mais velhas. Os praticantes do bullying têm menos probabilidade de continuar na escola, ter um emprego ou ter relacionamentos estáveis quando forem adultos.
Prevenção
A prevenção da violência deve ter início no começo da infância. As estratégias incluem o seguinte:
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Não usar violência para disciplinar crianças pequenas
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Limitar o acesso a armas e a exposição à violência através dos meios de comunicação e videogames
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Criar e manter um ambiente escolar seguro
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Incentivar as vítimas a informar problemas aos seus pais e às autoridades escolares
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Ensinar às crianças mais velhas, e aos adolescentes, estratégias para evitar situações de alto risco (incluindo lugares ou ambientes em que outras pessoas estão carregando armas ou usando álcool ou drogas) e como reagir a situações tensas ou o que fazer para dispersá-las