Doença pulmonar intersticial (também denominada doença parenquimatosa difusa) é um termo usado para descrever uma série de diferentes distúrbios que afetam o espaço intersticial dos pulmões. O espaço intersticial inclui as paredes dos sacos de ar dos pulmões (alvéolos) e os espaços em volta dos vasos sanguíneos e vias aéreas menores. As doenças pulmonares intersticiais resultam em acúmulo anormal de células inflamatórias no tecido pulmonar, causam falta de ar e tosse e tem aparência semelhante em exames de imagem, porém, não estão relacionadas de outra forma. Algumas dessas doenças são bastante incomuns.
Nas primeiras fases dessas doenças, glóbulos brancos, macrófagos e um líquido rico em proteínas se acumulam no espaço intersticial, causando inflamação. Se a inflamação persistir, o tecido pulmonar normal pode ser substituído por tecido cicatricial (fibrose). Os alvéolos são destruídos progressivamente e substituídos por cistos de paredes espessas (denominados “favos de mel” por lembrarem células de colmeias de abelhas). O estado resultante dessas alterações é denominado fibrose pulmonar.
Embora as diversas doenças pulmonares intersticiais sejam distintas e tenham diferentes causas, elas têm algumas características semelhantes. Todas levam a uma redução da capacidade de transferir oxigênio para o sangue e também provocam rigidez e retração dos pulmões, o que dificulta a respiração e causa tosse. No entanto, ser capaz de eliminar dióxido de carbono do sangue em geral não é um problema.
Diagnóstico de doença pulmonar intersticial
Tomografia computadorizada torácica
Teste de função pulmonar
Análise de gasometria arterial
Visto que as doenças pulmonares intersticiais causam sintomas similares aos de doenças mais comuns (por exemplo, pneumonia e doença pulmonar obstrutiva crônica [DPOC]), elas podem não ser suspeitadas inicialmente. Quando há suspeita de doença pulmonar intersticial, são feitos exames diagnósticos. Os exames variam de acordo com a doença de que se suspeita, mas tendem a ser semelhantes.
A maioria das pessoas fazem uma radiografia torácica, uma tomografia computadorizada (TC) do tórax, testes de função pulmonar e, às vezes, gasometria de sangue arterial. A TC é mais sensível do que a radiografia torácica e ajuda os médicos a estabelecerem um diagnóstico mais preciso. A TC é feita usando-se técnicas que maximizam a resolução (TC de alta resolução). Os testes de função pulmonar geralmente indicam que o volume de ar que os pulmões podem reter encontra-se abaixo do normal. Testes de gasometria arterial medem os níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue arterial e determinam a acidez (pH) do sangue.
Para confirmar o diagnóstico, às vezes os médicos coletam uma pequena amostra de tecido pulmonar para exame microscópico (biópsia pulmonar) usando um procedimento chamado fibrobroncoscopia. A biópsia pulmonar realizada desse modo é chamada biópsia pulmonar transbrônquica. Muitas vezes, é necessária uma amostra maior de tecido, que deve ser removida cirurgicamente, às vezes com uso de um toracoscópio (um procedimento chamado biópsia pulmonar por videotoracoscopia).
É possível que sejam feitos exames de sangue. Eles normalmente não podem confirmar o diagnóstico, mas são realizados como parte da procura por outras doenças similares.