Doença de Peyronie

(Doença de Peyronie)

PorPatrick J. Shenot, MD, Thomas Jefferson University Hospital
Revisado/Corrigido: ago 2023
Visão Educação para o paciente

A doença de Peyronie compreende a fibrose das bainhas cavernosas causando contratura da fáscia que reveste o corpo cavernoso, resultando em desvio e, algumas vezes, ereção dolorosa.

A doença de Peyronie ocorre em adultos. A causa é desconhecida, mas parece ser semelhante à contratura de Dupuytren e pode estar relacionada com trauma anterior, possivelmente durante a relação sexual (1). Em geral, a contratura resulta em desvio do pênis ereto para o lado envolvido, ocasionalmente causa ereções dolorosas e pode impedir a penetração. A fibrose pode se estender para dentro do corpo cavernoso, comprometendo distalmente a tumescência.

O diagnóstico é feito clinicamente. Ultrassom ou outro exame do pênis ereto pode ser utilizado para documentar a fibrose.

Pode haver regressão espontânea ao longo de vários meses. A doença de Peyronie leve que não causa disfunção sexual não necessita de tratamento.

Referência geral

  1. 1. Nehra A, Alterowitz R, Culkin DJ, et al: Peyronie's disease. American Urological Association clinical guideline. J Urol 194(3):745-753, 2015. doi: 10.1016/j.juro.2015.05.098

Tratamento da doença de Peyronie

  • Vitamina E oral e para-aminobenzoato de potássio

  • Substituição cirúrgica da fibrose com enxerto

  • Injeções locais de verapamil, corticoides de alta potência ou colagenase de Clostridium histoliticum (colagenase)

  • Ultrassom, radioterapia

  • Uso repetido de dispositivos de tração externos (para endireitar o pênis)

Os resultados do tratamento são imprevisíveis. A vitamina E oral e o para-aminobenzoato de potássio têm sucesso variável.

Remoção cirúrgica da fibrose e reposição com enxerto podem ser bem-sucedidas ou podem causar cicatrizes futuras e exagerar o defeito. Podem-se criar placas de enxerto utilizando autoenxertos (derme, túnica vaginal ou mucosa bucal), aloenxertos (geralmente pericárdio cadavérico), xenoenxertos (pericárdio bovino ou submucosa intestinal) e enxertos sintéticos (Dacron e Gore-Tex).

Uma série de injeções locais de verapamil ou corticoides de alta potência na placa pode ser eficaz, mas os corticoides orais não o são. Para uma curvatura peniana de > 30° acompanhada por uma placa palpável, podem ser utilizados 1 a 4 ciclos de tratamento (realizados com intervalo de cerca de 6 semanas) de injeções de colagenase Clostridium histolyticum (colagenase) na placa, seguidos de remodelação manual do pênis em casa. Injeção repetida de colagenase com manipulação é fornecida por alongamento peniano e exercícios de endireitamento para desfazer a placa.

O tratamento com ultrassom pode estimular o fluxo sanguíneo, que pode prevenir o surgimento de mais fibrose. A radioterapia pode diminuir a dor; entretanto, a radiação geralmente piora a lesão tecidual. Para auxiliar a penetração, pode-se implantar uma prótese peniana, mas esta pode necessitar de um retalho e enxerto para endireitar o pênis.

A tração externa do pênis para endireitar o pênis costuma ser feita em conjunto com terapias médicas.

A plicatura cirúrgica do pênis pode ser utilizada para tratar a doença de Peyronie utilizando suturas a fim de encurtar o lado oposto à placa. É geralmente bem-sucedida no endireitamento do pênis, mas geralmente resulta em um leve encurtamento do pênis.

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